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O Delta do Rio do Cobre

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observatory_150105Denominado assim devido à quantidade de depósitos minerais ao longo de seu fluxo, o Rio do Cobre drena uma área de mais de 62000 quilômetros quadrados e flui em direção ao Golfo do Alasca. Pelo volume de descarga, ele é o décimo maior rio nos EUA. Seu delta forma um dos maiores e mais produtivos pântanos na Costa do Pacífico da América do Norte.

No dia 28 de Maio de 2013, o instrumento Operational Land Imager a bordo do satélite Landsat 8 capturou essa imagem do Delta do Rio do Cobre enquanto ele desagua sedimentos glaciais. As geleiras Childs e Miles se drenam no Rio do Cobre. Enquanto eles deslizam montanha abaixo nos vales, as geleiras levam pedaços de rochas para baixo, criando o que os cientistas se referem como florescimento glacial. Esse sedimento é uma boa fonte de ferro e nutrientes para o fitoplâncton e para as plantas marinhas, que por sua vez suportam a abundante concentração de salmão.

O florescimento glacial que dá a tonalidade leitosa cinza e pinta a água é tão fino que se mantém suspenso por um longo tempo. Depois de serem carregados, alguns desses sedimentos finos vagarosamente precipitam no grande delta. O excesso do fluxo para o oceano, suspenso na água doce é menos denso que da água salgada. Quando a água do Rio do Cobre, bem como do Rio Miles e do Lago Van Cleave, alcança o oceano, ela forma uma camada, ou pluma perto da superfície, no topo da água salgada do mar. A pluma pulsa ficando mais próxima e mais distante da costa, dependendo da maré. Quando a maré baixa, a água doce surge no oceano e a pluma é empurrada para longe da costa, quando a maré sobre, a pluma é empurrada de volta para a costa.

“As geleiras nessa área estão recuando na maior velocidade do mundo, o que pode causar todos os tipos de impacto no ecossistema local”, disse Robert Campbell, oceanógrafo pesquisador no Prince William Sound Science Center. Os cientistas estão tentando descobrir quais seriam esses impactos exatamente do Rio do Cobre.

O instrumento MODIS no satélite Terra/Aqua da NASA também capturou uma imagem do Rio do Cobre durante a tempestade de poeira em Novembro de 2012, como pode ser visto abaixo.

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Fonte:

http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=81784

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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