Desde que a câmera HiRISE da sonda MRO começou a encontrar suas primeiras avalanches em Marte como é mostrado na imagem abaixo, ela continua a pesquisar por elas na maior parte dos locais que tenham as seguintes características: abismos íngremes localizados na borda das camadas de depósitos no polo norte de Marte.
Essas camadas são expostas na face escarpada que corta através delas diagonalmente como é visto na imagem abaixo. O material brilhante mais suave na parte esquerda inferior está no topo do abismo, e nesse caso foi registrada outra avalanche à medida que ela caia pelo talude íngreme em direção à parte direita superior da imagem.
Uma grande nuvem com aproximadamente entre 200 e 600 metros de diâmetro de uma poeira avermelhada tem sido levantada desde a base da escarpa. Finos rebentos de material brilhante são vistos mais acima da face do abismo, esses rebentos podem ser quedas individuais de matéria, antes de se juntar com o resto do material e aí sim se transformar numa verdadeira avalanche.
Isso pode permitir aos cientistas entenderem a localização exata do início da avalanche; por exemplo, de qual camada a avalanche se originou e como ela começou a cair. Essa informação ajudará a entender de forma específica o que dispara essas quedas: seriam as mudanças sazonais de temperatura nas camadas de gelo, rajadas de ventos passando sobre as rochas nos taludes íngremes ou algo diferente?
Na estação que se anuncia a de primavera no hemisfério norte, a câmera HiRISE irá pesquisar por mais desses eventos para tentar entender da melhor forma possível quando, onde e por que essas avalanches acontecerão em Marte.
Fonte:
http://hirise.lpl.arizona.edu/ESP_016228_2650