Essa bela imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das agências espaciais NASA e ESA mostra o aglomerado estelar aberto conhecido como NGC 330, que fica localizado a cerca de 180 mil anos-luz de distância da Terra na Pequena Nuvem de Magalhães. O aglomerado que está na constelação de Tucana, contém uma grande variedade de estrelas, muitas das quais aparecem nessa bela imagem.
O objeto que mais chama a atenção nessa imagem é na verdade a pequena aglomeração de estrelas no cano inferior esquerdo da imagem, circundado por uma nebulosa de hidrogênio ionizado em vermelho e por poeira em azul. Essa aglomeração é conhecida como GALFOR 1 e foi descoberta pelos astrônomos vasculhando os dados de arquivo do Hubble em 2018, dados esses que foram usados para fazer essa imagem. Para entender melhor esse aglomerado, especificamente se a nebulosa ao redro do aglomerado também contém uma onda de choque, os cientistas precisam de imagens em infravermelho de melhor resolução que serão conseguidas com o Telescópio Espacial James Webb.
Essa imagem também contém pistas sobre o próprio Hubble. Os padrões de cruz ao redor das estrelas nessa imagem, conhecidos como spikes de difração, foram criados quando a luz das estrelas interagiu com as quatro finas estruturas que suportam o espelho secundário do Hubble.
Como um aglomerado de estrela se forma a partir de uma única nuvem de gás e poeira primordial, todas as estrelas contém aproximadamente a mesma idade. Isso faz com que esses aglomerados sejam verdadeiros laboratórios onde os astrônomos podem aprender e muito sobre a evolução das estrelas. Essa imagem usou observações feitas com a Wide Field Camera 3 do Hubble e incorporou dados de duas observações astronômicas diferentes. A primeira com o objetivo de entender por que as estrelas nos aglomerados parecem se desenvolver de forma diferente das estrelas fora dos aglomerados, uma peculiaridade observada pela primeira vez pelo Telescópio Espacial Hubble e a segunda, com o objetivo de determinar o tamanho que as estrelas podem ter antes delas terminarem suas vidas em explosões de supernovas.
Crédito:
ESA/Hubble & NASA, J. Kalirai, A. Milone
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