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Nova Teoria Para Explicar Os Pontinhos Vermelhos do James Webb – Halos de Matéria Escura

O célebre físico alemão Werner Heisenberg uma vez observou que “O que observamos não é a natureza em si, mas a natureza exposta ao nosso método de questionamento”. Essa profunda verdade, embora enraizada na mecânica quântica, ressoa poderosamente na astronomia extragaláctica com a chegada do Telescópio Espacial James Webb (JWST). Em apenas alguns anos, o JWST revolucionou nossa compreensão do Universo primordial, expandindo drasticamente nosso campo de visão e revelando uma nova e surpreendente população de fontes em alto redshift – o que popularmente, e de forma carinhosa, chamamos de “little red dots” (LRDs), ou “pontinhos vermelhos”.

Esses objetos intrigantes, que haviam escapado da detecção de telescópios anteriores, são caracterizados por serem extremamente compactos e avermelhados. A natureza e a origem dos LRDs têm sido um dos grandes mistérios desde sua descoberta, e um novo estudo seminal de Fabio Pacucci e Abraham Loeb propõe uma solução elegante e unificadora. A pesquisa, publicada no The Astrophysical Journal Letters, sugere que os LRDs são descendentes de halos de matéria escura na cauda de rotação extremamente baixa da distribuição de momento angular cósmico. Essa hipótese notável oferece uma explicação abrangente para as três principais características observacionais desses enigmáticos objetos: sua surpreendente abundância, sua compacteza notável e sua distribuição peculiar ao longo do tempo cósmico, a chamada evolução de redshift.

Quem São os “Pontinhos Vermelhos” e Por Que São Tão Interessantes?

As little red dots se destacam no cenário do Universo primordial por várias razões. Primeiramente, sua abundância é intermediária entre as galáxias típicas, conhecidas como galáxias “Lyman-break” (LBGs), e os quasares, que são núcleos galácticos ativos muito brilhantes. Em redshifts entre 4.5 < z < 6.5, estudos reportam que a densidade numérica dos LRDs varia de aproximadamente 3 × 10−5 a 10−6 Mpc−3 mag−1. Isso significa que eles são cerca de duas ordens de magnitude mais raros que as galáxias padrão, mas, ao mesmo tempo, mais abundantes do que a extrapolação de quasares selecionados por UV em magnitudes mais fracas. Essa posição intermediária já era, por si só, um mistério a ser decifrado.

Em segundo lugar, a compacteza é uma característica definidora dos LRDs. Eles possuem raios efetivos (Reff) muito pequenos, tipicamente variando entre 80 e 300 parsecs (pc). Para dar uma perspectiva, um parsec é equivalente a cerca de 3,26 anos-luz. Assim, 300 parsecs são aproximadamente 978 anos-luz, uma escala incrivelmente pequena para uma galáxia inteira. Existem até casos mais extremos, como uma fonte com imagem tripla em z = 7.6, com um limite superior de tamanho delensado de Reff < 35 pc. Essa compacteza extrema as torna notavelmente peculiares, especialmente quando consideradas suas massas estelares substanciais, que podem variar de >10^8 M⊙ até cerca de 10^11 M⊙ (onde M⊙ representa a massa do Sol). Essas massas, combinadas com seus tamanhos minúsculos, levariam a densidades estelares centrais imensas, atingindo até ~10^8 M⊙ pc−3. Tais densidades são muito superiores às alcançadas nos núcleos de aglomerados globulares (aglomerados estelares muito densos) e cerca de 10 vezes maiores do que a densidade necessária para que colisões estelares descontroladas ocorram.

Por fim, a evolução de redshift dos LRDs é particularmente interessante. O “redshift” é uma medida do quanto a luz de um objeto distante foi esticada pelo alongamento do próprio espaço conforme o Universo se expande. Quanto maior o redshift (z), mais distante e, portanto, mais antigo é o objeto. As detecções de LRDs se concentram na faixa de redshift entre 4 < z < 8. Este período, conhecido como a “Era dos LRDs”, durou aproximadamente 1 bilhão de anos cósmicos. Embora existam exemplos de LRDs detectados em redshifts mais altos (z > 8) e mais baixos (z < 4), eles são observados em menor número, o que sugere que há restrições físicas e observacionais que limitam sua detecção fora dessa “era” principal.

A natureza da luz emitida pelos LRDs também tem sido objeto de debate. Suas distribuições de energia espectral (SEDs) tipicamente exibem linhas de emissão de Balmer largas, que são geralmente associadas à presença de um buraco negro supermassivo em seu núcleo, que está ativamente acrecendo matéria. No entanto, algumas pesquisas sugeriram que a largura dessas linhas largas também pode ser explicada pela dispersão da velocidade estelar (o movimento aleatório das estrelas) nos núcleos dessas galáxias. O Professor Abraham Loeb, um dos autores do presente estudo, sugeriu em trabalho anterior que tal dispersão de velocidade excepcional poderia ser causada por galáxias compactas que carecem de suporte rotacional devido ao seu baixo momento angular. Essa ideia remonta a um conceito original proposto por D. J. Eisenstein e A. Loeb em 1995, que sugeria que as sementes de buracos negros se originavam do colapso de regiões superdensas com rotações excepcionalmente baixas.

Além disso, as SEDs dos LRDs exibem, em muitos casos, uma mudança de inclinação em forma de “V”, com um componente vermelho em comprimentos de onda mais longos e um componente azul em comprimentos de onda mais curtos. O ponto de inflexão na SED está frequentemente associado ao limite de Balmer, a um comprimento de onda específico da luz. Apesar de muitos modelos tentarem explicar essas propriedades espectrais pela luz vinda predominantemente de um buraco negro ou de estrelas, cada interpretação enfrenta seus desafios. No caso dos buracos negros, eles parecem ser supermassivos para seu tamanho e não são detectados em raios-X, mesmo em análises de empilhamento profundo. No caso da interpretação apenas estelar, as densidades estelares nos núcleos atingem valores extremos, como mencionado anteriormente, o que é um resultado direto de sua notável compacteza.

A Solução Inovadora: Galáxias em Halos de Matéria Escura de Baixo Rotação

A chave para desvendar os mistérios dos LRDs reside em uma proposta aparentemente simples, mas profundamente impactante: eles se formam em halos de matéria escura que possuem um momento angular extraordinariamente baixo.

Para entender isso, precisamos primeiro compreender o conceito de halos de matéria escura. A matéria escura é uma substância misteriosa que não interage com a luz, mas constitui a maior parte da massa do Universo. Ela se aglomera em estruturas gigantescas chamadas “halos”, que servem como “andaimes” gravitacionais onde as galáxias se formam e evoluem. Dentro desses halos, a matéria escura, e por consequência a matéria bariônica (a matéria “normal” que forma estrelas e planetas), possui um certo grau de rotação ou momento angular.

O momento angular de um halo de matéria escura é caracterizado por um parâmetro adimensional chamado “parâmetro de rotação” (λ). Este parâmetro é uma medida da quantidade de rotação que um halo possui em relação à sua massa e energia. De acordo com a teoria estabelecida por H. J. Mo et al. (1998), as propriedades estruturais das galáxias em forma de disco estão diretamente ligadas ao parâmetro de rotação de seu halo hospedeiro.

O modelo de Pacucci e Loeb postula que os LRDs não são uma classe fundamentalmente diferente de galáxias, mas sim o resultado natural da formação de galáxias nos ambientes mais raros, aqueles com o menor momento angular. Uma das principais vantagens desse modelo é que ele se concentra nas propriedades observadas, não em modelos de como as LRDs são alimentadas (seja por um buraco negro ou por estrelas), tornando-o independente do debate sobre a fonte de energia.

A Compacteza Explicada: O Efeito do Baixo Momento Angular

A ligação entre um baixo parâmetro de rotação (λ) do halo e a compacteza das galáxias é fundamental para o modelo. Em essência, o momento angular é o que impede que a matéria colapse indefinidamente sob sua própria gravidade. Em halos com muito pouco momento angular, a matéria bariônica (gás e poeira) não tem “suporte rotacional” suficiente para se espalhar em um disco grande. Em vez disso, ela colapsa de forma mais eficiente em uma região central compacta.

O raio de escala (Rd) de um disco exponencial, que é uma medida de seu tamanho, é diretamente proporcional ao parâmetro de rotação λ do halo. O modelo assume que, no universo de alto redshift, a maior parte da matéria bariônica disponível formará a galáxia com menor rotação produzem galáxias menores e mais compactas.

Para testar essa relação, os pesquisadores calcularam o Reff para um LRD prototípico em z ~ 5. Ao assumir uma massa de halo de 10^11 M⊙ (que corresponde a uma magnitude UV absoluta de -19, um brilho típico para LRDs) e um valor crítico de rotação λLRD = 0.0153 (determinado a partir da abundância observada), eles encontraram um Reff de aproximadamente 260 pc [, o que significa que valores extremamente baixos são estatisticamente raros. Simulações cosmológicas têm mostrado que essa distribuição é quase independente da massa do halo e do redshift.

Os autores definiram um LRD como uma galáxia compacta com raio efetivo menor que 300 pc em z ~ 5, o redshift mediano da distribuição de LRDs. Eles compararam a densidade numérica de LRDs com a de galáxias Lyman-break (LBGs) em uma magnitude UV absoluta similar. A densidade numérica observada de LRDs é de ~1.97 × 10−5 Mpc−3 mag−1, enquanto a de LBGs é de ~2.20 × 10−3 Mpc−3 mag−1. Isso resulta em uma abundância fracional de LRDs de aproximadamente 0,009, ou seja, cerca de 0,9% das galáxias padrão são LRDs nesse redshift.

Ao inverter a função de densidade de probabilidade da rotação, os pesquisadores determinaram o limiar de rotação (λLRD) necessário para que apenas 0,9% dos halos possuam rotação abaixo desse valor. O resultado foi um λLRD de 0.0153. Isso significa que os LRDs são hospedados em galáxias que se formaram nos halos com o primeiro percentil mais baixo da distribuição de rotação. Em outras palavras, eles são os “excepcionais” no que diz respeito ao seu momento angular. Isso explica por que eles são cerca de 100 vezes mais raros do que as galáxias típicas, mas ainda mais abundantes do que os quasares mais brilhantes. A raridade exponencial de sistemas mais compactos com rotações cada vez menores se alinha perfeitamente com a raridade observada dos LRDs.

A “Era dos LRDs”: O Jogo entre Rotação e Detectabilidade

Talvez a explicação mais fascinante do modelo seja a evolução de redshift dos LRDs, que define a “Era dos LRDs” entre 4 < z < 8. Essa faixa de redshift representa um período de aproximadamente 1 bilhão de anos cósmicos em que os LRDs são ao mesmo tempo comuns e detectáveis. Fora dessa “era”, eles se tornam mais difíceis de observar, seja por serem intrinsecamente raros ou por serem muito fracos para serem vistos pelo JWST.

LRDs em Baixo Redshift (z < 4): Brilhantes + Raros

À medida que o Universo se expande e o tempo avança (ou seja, à medida que o redshift diminui), o raio virial médio dos halos de matéria escura (o raio dentro do qual o halo está gravitacionalmente ligado) aumenta. Especificamente, para uma massa de halo fixa, o raio virial r200 evolui como (1 + z)−1. Isso tem uma consequência direta para o limiar de rotação: para que uma galáxia mantenha sua compacteza (Reff < 300 pc) em redshifts mais baixos, ela deve se formar em um halo com um parâmetro de rotação ainda menor.

A questão é que, como a distribuição de rotação é lognormal, os halos com rotação extremamente baixa tornam-se exponencialmente mais raros na cauda da distribuição. Isso significa que, em z < 4, as configurações compactas que definem um LRD são estatisticamente improváveis de ocorrer. Embora essas galáxias sejam brilhantes o suficiente para serem detectadas se existissem, há muito poucos halos capazes de produzi-las. Este é o regime “Brilhante + Raro”.

LRDs em Alto Redshift (z > 8): Comuns + Fracos

O cenário é invertido em redshifts mais altos (z > 8). Neste período, os LRDs são esperados serem mais comuns do ponto de vista intrínseco, pois uma fração maior de halos satisfaz a condição de compacteza. No entanto, um fator observacional crucial entra em jogo: o escurecimento por brilho superficial cosmológico (cosmological surface brightness dimming).

Conforme a luz de uma galáxia viaja através de distâncias cosmológicas, não apenas fica mais fraca devido à distância (o que afeta a magnitude aparente), mas também se espalha por uma área angular cada vez maior no céu devido à expansão do Universo. Isso faz com que o brilho aparente por unidade de área (o brilho superficial) diminua drasticamente com o redshift. Para se ter uma ideia, o brilho superficial de uma galáxia compacta representativa (com rotação no primeiro percentil do halo) foi calculado e comparado ao limite de detecção do JWST/NIRCam, que é de aproximadamente 25.2 magnitudes por segundo de arco quadrado (mag arcsec−2).

Os resultados mostram que, em redshifts de z ≳ 8, mesmo as galáxias mais compactas na cauda de baixa rotação caem abaixo desse limiar de detecção. Isso significa que, apesar de serem intrinsecamente mais comuns, elas são simplesmente muito fracas para serem observadas. Este é o regime “Comum + Fraco”. Outras limitações observacionais, como a falta de cobertura de filtro em determinadas bandas, também contribuem para a dificuldade de detecção em altos redshifts. Para contabilizar isso, o modelo utiliza um fator de correção empírico que modula a abundância prevista dos LRDs com base na sua visibilidade.

A “Era dos LRDs” Definida: Brilhantes + Comuns

A combinação desses dois efeitos – a raridade física em baixo redshift e a dificuldade de detecção em alto redshift – define a “Era dos LRDs” como o intervalo em que as galáxias compactas são simultaneamente intrinsecamente comuns e observacionalmente detectáveis. Conforme ilustrado na Figura 4 do artigo, essa janela se estende de aproximadamente 4 ≲ z ≲ 8.

A precisão do modelo é notável. Ao comparar a evolução de redshift prevista da densidade numérica dos LRDs com os dados observacionais mais recentes (de Kocevski et al. 2025, Zhuang et al. 2025 e Ma et al. 2025), o acordo é excelente. Por exemplo, a densidade numérica de LRDs diminui em uma ordem de magnitude de z = 5 para z = 3, o que é perfeitamente reproduzido pelo modelo. Isso valida o quadro teórico, confirmando que a evolução de redshift um excesso de agrupamento em pequenas escalas. O modelo de baixa rotação explica isso naturalmente: o momento angular de um halo de matéria escura é moldado pelos torques de maré exercidos pela estrutura de grande escala circundante do Universo. Regiões onde esses torques são sistematicamente fracos tenderão a abrigar halos com baixo momento angular, levando a populações de LRDs espacialmente correlacionadas. Ou seja, se um LRD se forma em um local de “calmaria gravitacional” (pouco torque de maré condição de alta densidade central surge naturalmente no modelo, pois galáxias formadas em halos de baixa rotação não possuem o suporte rotacional para resistir ao colapso, o que faz com que a massa seja eficientemente funilada para o centro. Embora o halo de matéria escura esteja girando lentamente, os bárions se resfriam, perdem suporte de pressão e se condensam para formar um disco compacto e de rotação rápida. Uma vez que o momento angular inicial por unidade de massa é baixo, o raio do disco é pequeno, e correspondentemente, a velocidade comprimentos de onda mais longos, tornando o objeto mais vermelho. Além disso, a formação estelar rápida em núcleos densos pode levar a um processo de “quenching” (supressão da formação estelar) precoce, o que também contribui para a assinatura vermelha em suas SEDs. Com a evolução do sistema, a acreção de gás e as interações podem construir momento angular, permitindo que a formação estelar se propague para fora em regiões menos obscurecidas e de menor densidade. Esse crescimento para fora dilui o obscurecimento central e adiciona luz azul de populações estelares mais jovens, enfraquecendo o excesso vermelho. Tal processo pode explicar por que as distintas SEDs em forma de V dos LRDs se tornam menos proeminentes em redshifts mais baixos, consistente com o declínio observado da população de LRDs fora da janela 4 < z < 8.

  • Viés de Seleção Observacional: O modelo também aborda um importante viés de seleção observacional. Embora a distribuição de rotação dos halos seja contínua, a população de galáxias resultante pode parecer segmentada devido às limitações de detecção. O escurecimento por brilho superficial cosmológico pode obscurecer as regiões externas de baixa superfície das galáxias em altos redshifts. Um cálculo simples mostra que, por z ≳ 7, uma fração substancial da luz total do disco de uma galáxia se torna indetectável, deixando visível apenas a região central brilhante e compacta. Galáxias com morfologias maiores e mais difusas em alto redshift podem ser completamente perdidas pelas observações atuais se suas regiões centrais caírem abaixo do limiar de detecção de brilho superficial. Em contraste, galáxias formadas em halos de baixa rotação concentram naturalmente sua luz em um núcleo compacto e brilhante, tornando-as muito mais propensas a serem detectadas. Este viés de visibilidade favorece a seleção desses sistemas nos campos profundos do JWST e pode levar a uma população observada dominada por galáxias compactas, mesmo que sistemas mais estendidos sejam intrinsecamente mais comuns. Esse efeito de seleção, por si só, pode criar a aparência de uma fronteira nítida entre os LRDs compactos e a população galáctica mais ampla. Além disso, galáxias formadas em halos com rotação excepcionalmente baixa podem exibir propriedades estruturais incomuns, como compacteza extrema e altas densidades centrais, que aumentam seu contraste com as galáxias típicas de alto redshift. Essas características podem fazer com que os LRDs pareçam um grupo distinto, embora sua origem esteja na cauda de uma distribuição contínua de momento angular do halo.

Próximos Passos e O Futuro da Descoberta

Apesar da elegância e do poder explicativo do modelo, os cientistas já estão pensando nos próximos passos para testar e refinar essa interpretação.

  • Análise Espectral Detalhada: O ajuste espectral completo do contínuo estelar, resolvido espacialmente, pode revelar se os LRDs realmente carecem de suporte rotacional, como esperado para galáxias formadas em halos de baixa rotação.
  • Simulações Cosmológicas: Simulações cosmológicas avançadas, como ASTRID, podem verificar se galáxias compactas e vermelhas emergem preferencialmente na população de halos com a menor rotação.
  • Expansão das Buscas: A expansão das buscas por LRDs em redshifts mais baixos (z < 4) e mais altos (z > 8) fornecerá mais dados para refinar a compreensão de sua evolução temporal.
  • Melhores Medições de Tamanho: Medidas de tamanho aprimoradas de análogos de baixo redshift esclarecerão se eles compartilham a compacteza extrema observada em altos redshifts.

À medida que o JWST continua a expandir as fronteiras da descoberta no Universo primordial, modelos teóricos como este se elevam para o desafio, revelando que mesmo as populações mais inesperadas de objetos cósmicos podem ter origens simples e fisicamente motivadas. A pesquisa de Pacucci e Loeb representa um passo significativo para desvendar os segredos dos little red dots, nos aproximando de uma compreensão mais completa da formação e evolução das galáxias em nosso cosmo em constante expansão.

Referência do Artigo: Pacucci, Fabio, and Abraham Loeb. 2025. “Cosmic Outliers: Low-spin Halos Explain the Abundance, Compactness, and Redshift Evolution of the Little Red Dots.” The Astrophysical Journal Letters 989 (L19). doi:10.3847/2041-8213/ade871.

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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