Na última quarta-feira, dia 12 de Novembro de 2014, a missão Rosetta da Agência Espacial Europeia pousou o módulo Philae com sucesso na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Descendo a uma velocidade de 3.2 km/h o módulo, tocou pela primeira vez e seu sinal foi recebido às 13:03, hora de Brasília.
Parcialmente, devido a uma falha no sistema de arpões, e devido à baixa gravidade do cometa, cerca de 100 000 vezes menor que a da Terra, o Philae, sofreu um rebote na superfície e vou por cerca de 1 quilômetro acima da superfície do cometa. Por volta das 14:53, hora de Brasília, cerca de duas horas depois do primeiro impacto, o Philae tocou novamente a superfície do cometa. Um segundo rebote, mais modesto aconteceu, fazendo com que o módulo voasse novamente. O terceiro contato do Philae com a superfície do cometa aconteceu de maneira mais calma. Às 15:00, hora de Brasília, o módulo Philae da sonda Rosetta, tornou-se a primeira sonda a realizar um pouso num cometa.
Os controladores da missão Rosetta acreditam que o Philae está em um buraco de cerca de 2 metros de diâmetro e dois metros de profundidade, mas está localizado no seu lado. Enquanto o módulo não está ancorado ele permanece instável, e oito de seus 10 instrumentos já começaram a enviar dados de volta. A equipe de ciência está trabalhando nos próximos passos.
“O Philae está na superfície e fazendo um trabalho maravilhoso, trabalhando muito bem, e nós podemos dizer que estamos muito felizes com o módulo”, disse Paolo Ferri, chefe de operações de missão no Centro de Operações Espaciais Europeias, em Darmstadt, Alemanha.
As equipes ainda estão trabalhando para confirmar o local e a quantidade de energia, além da situação térmica a bordo do Philae. O módulo recebe energia de painéis solares. Aparentemente algumas partes do módulo ficaram na sombra pelo tempo, na última noite em que dados de telemetria da superfície estavam sendo transmitidos.
Lançada em Março de 2004, a sonda Rosetta foi reativada em Janeiro de 2014, depois de passar 957 dias hibernada. A missão consiste de um módulo orbital e um módulo de pouso. Seus objetivos desde que chegou no cometa 67P/Churyumov-Gerasmienko tem sido estudar o objeto celeste de perto, com um detalhe sem precedentes. O módulo orbital continuará seguindo as mudanças do cometa enquanto ele passa perto do Sol.
O sistema de imageamento OSIRIS – Onboard Scientific Imaging System – foi construído por um consórcio liderado pelo Instituto para Pesquisa do Sistema Solar Max Planck, da Alemanha, em colaboração com o CISAS, University of Padua (Itália), o Laboratoire d’Astrophysique de Marseille (França), o Instituto de Astrofísica de Andalucia, CSIC (Espanha), o Scientific Support Office of the European Space Agency (Holanda), o Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (Espanha), a Universidad Politéchnica de Madrid (Espanha), o Department of Physics and Astronomy of Uppsala University (Suécia), e o Institute of Computer and Network Engineering of the TU Braunschweig (Alemanha). O OSIRIS foi suportado financeiramente pelas agências espaciais da Alemanha (DLR), França (CNES), Itália (ASI), Espanha (MEC), e Suécia (SNSB) e o ESA Technical Directorate. A Rosetta é uma missão da Agência Espacial Europeia com contribuições dos estados membros e da NASA.
O modulo Philae, foi concebido por um consórcio liderado pelo Centro Aeroespacial da Alemanha, em Colônia, o Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar em Gottingen, o Centro Ncional de Estudos Espaciais da França (CNES), em Paris e a Ag6encia Espacial Italiana em Roma. O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia, gerencia a participação dos EUA na missão Rosetta para o Science Mission Directorate da NASA em Washington.
Para mais informações sobre os instrumentos norte-americanos a bordo da Rosetta, visitem: http://rosetta.jpl.nasa.gov
Mais informações sobre a Rosetta, estão disponíveis em: http://www.esa.int/rosetta
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