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Meteoritos de Mercúrio

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observatory_15010541A maior parte dos meteoritos são pedaços de asteroides. Cerca de 130 meteoritos têm tido suas origens relacionadas com o planeta Marte, e cerca de 200 meteoritos foram originados na Lua. Nenhum meteorito tem mostrado até o momento de forma convincente ter vindo de Mercúrio. Impactos que criaram os eventos em Mercúrio podem espalhar material na superfície, mas é muito difícil que esse material seja eliminado do planeta e chegue até a Terra, em comparação com o material que é expelido pela Lua e por Marte. Em 1995, Stan Love e Klaus Keil, publicou um estudo descrevendo as características prováveis de um meteorito mercuriano. Uma recente revisitação sobre os tópicos de meteoritos de Mercúrio, feita por Will Vaughan e Jim Head, apontaram que a dinâmica de ejeção estão em locais mais prováveis para as fontes de crateras em Mercúrio na região centrada em 90 graus e 270 graus de longitude leste.

A Cratera Fonteyn, mostrada acima, é uma estrutura de impacto com 29 quilômetros de diâmetro centrada em cerca de 33 graus de latitude norte e 95 graus de longitude leste, dentro da provável zona notada por Vaughan e Head. A Fonteyn tem um padrão assimétrico de raios brilhantes, sugerindo que ela se formou por meio de impacto oblíquo, que pode favorecer a ejeção de material a velocidades maiores do que a velocidade de escape. Poderia o impacto da Fonteyn ter lançado material que de alguma maneira poderia cair na Terra?

Esse mosaico é uma porção do mapa base morfológico de superfície de alta resolução do instrumento MDIS. O mapa base morfológico de superfície, cobre mais de 99% da superfície de Mercúrio com uma resolução média de 200 metros por pixel. As imagens adquiridas para o mapa base morfológico de superfície são obtidas com o Sol em ângulos fora da vertical (ou seja, ângulos de alta incidência) e tinham sombras visíveis que podem revelar claramente a forma topográfica das feições geológicas.

Fonte:

http://messenger.jhuapl.edu/gallery/sciencePhotos/image.php?page=2&gallery_id=2&image_id=1361


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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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1 comentário

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  • Análise perfeita! Apesar dos avanços obtidos pelo estudo da Messenger, acredito que as dúvidas quanto a composição exata esperada de um meteorito mercuriano só serão totalmente sanadas com análises de rochas do planeta in loco. Diferentemente do caso dos meteoritos HED, comprovadamente vindos de Vesta, dúvidas quanto a composição da superfície de mercúrio e como o material teria se formado (metamorfizado do material acrescido inicialmente) ainda são um pouco grandes. Ainda assim, a esperança da descoberta do primeiro meteorito confirmado de Mercúrio está ai = )

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