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Messier 105 – O Coração do Leão

Se você olhar rapidamente para essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, você vai pensar que é algo sem graça e sem nada de importante. Essa aí é a galáxia elíptica conhecida como Messier 105, que mostra as estrelas perto do centro da galáxia se movendo rapidamente. Os astrônomos concluíram que essas estrelas estão passando perto de um buraco negro supermassivo com massa estimada em 200 milhões de vezes a massa do Sol. Esse buraco negro emite uma grande quantidade de energia enquanto consome a matéria que está caindo em sua direção e fazendo com que o centro brilhe de forma mais intensa do que a região ao redor. Esse sistema é conhecido como uma núcleo galáctico ativo.

O Hubble também surpreendeu os astrônomos revelando algumas estrelas jovens e aglomerados na Messier 105, que era pensada ser uma galáxia morta, ou seja, incapaz de formar estrelas. A Messier 105 agora é considerada uma galáxia que forma aproximadamente 1 estrela parecida com o Sol a cada 10 mil anos. A atividade de formação de estrelas também foi registrada no vasto anel de hidrogênio que circula tanto a Messier 105 como a sua vizinha mais próxima a galáxia lenticular, NGC 3384.

A Messier 105 foi descoberta em 1781, localiza-se a cerca de 30 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Leão, e é a galáxia elíptica mais brilhante dentro do grupo de galáxias Leo I.

Crédito:

ESA/Hubble & NASA, C. Sarazin et al.

Fonte:

https://www.spacetelescope.org/images/potw1901a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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