Por Yara Laiz Souza
Entender quais riscos os astronautas correm durante viagens espaciais é a chave para missões tripuladas melhores para locais mais distantes como Marte. A NASA tem adotado programas de controle médicos com propostas incríveis e aplicações espaciais e no dia a dia. O estudo CardioOx é um dos trabalhos importantes do Programa de Pesquisa Humana da NASA para, principalmente, o acompanhamento de astronautas já aposentados
O CardioOx é uma pesquisa biomédica que visa prevenir doenças cardíacas após viagens espaciais e ambientes de microgravidade. As instalações da Estação Espacial Internacional (ISS) estão sendo utilizadas para a compreensão das alterações no sistema cardiovascular dos astronautas.
Outro fator preocupante é a radiação que pode prejudicar seriamente os astronautas durante as viagens espaciais. Quando vão para além da órbita da Terra, não há magnetosfera para proteger dos mais diversos tipos de raios cósmicos.
Empecilho
Um problema para a pesquisa é o grupo de estudo que está sendo usado, formado por astronautas que participaram das missões Apollo: sete dos 24 homens que voaram na missão, cinco mulheres e 30 homens que voaram em órbita baixa da Terra; também fazem parte desse grupo 33 astronautas mulheres e 32 homens que não têm voado em missões atuais.
Tendo como linha de partida os dados atuais, é praticamente impossível determinar se os astronautas da Apollo sofreram ou sofrem com algum tipo de consequência visto que questões genéticas e estilo de vida alteram os resultados de forma ainda imensurável.
Sabemos no momento que estes estudos são um passo importante se agências como a NASA e ESA, ou até mesmo a SpaceX, quiserem mesmo missões tripuladas para além da Terra e da Lua. Radiação cósmica afeta o corpo e seus sistemas biológicos e essa é a primeira preocupação a ser vencida.
Para tentar driblar os problemas com outros fatores que podem acarretar em problemas de saúde fora as viagens espaciais, maneiras para monitorar e medir como as radiações afetam os astronautas quando viajam e permanecem no espaço estão sendo desenvolvidas assim como potenciais tratamentos e remédios.
Tais resultados também podem ajudar em pesquisas para tratar doenças como cânceres em pessoas comuns na Terra.