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Em 2009, os cientistas usando Telescópio Espacial de Raios Gamma Fermi da NASA descobriram no centro da nossa galáxia um brilho apagado em raios-gamma que não podia ser explicado por nenhum tipo de fonte conhecida.

Essa fonte de brilho ficou conhecida como Excesso do Centro Galáctico, ou do inglês, GCE.

Desde então, os pesquisadores veem propondo uma grande possibilidade de fontes, desde a matéria escura até pulsares.

Agora os astrônomos combinaram uma década de dados obtidos pelo Fermi com dados de experimentos feitios na Estação Espacial Internacional e observações de galáxias anãs próximas para criar uma nova hipótese para explicar o brilho.

Os pesquisadores descobriram que o brilho misteriosos tinha uma forma esférica e estava distribuído de forma esférica no meio da Via Láctea.

Depois os pesquisadores analisaram dados de galáxias anãs esferoidais que tinham um brilho de raios-gamma similar, além de um experimento na ISS e descobriram um excesso de positrons.

Com isso eles conseguiram montar um modelo que fosse consistente com física de partículas e com a densidade da matéria escura.

E a hipótese deles é que partículas pesadas da matéria escura estão colidindo de forma destrutiva no centro da galáxias.

Nessa colisão são criadas partículas elementares além de raios-gamma.

Essas partículas de matéria escura teriam uma massa de 60 gigaeletron volts, ou seja, 60 vezes a massa de um próton.

Quando ocorre a colisão, as partículas são aniquiladas em múons e antimuons, ou elétrons e posítrons.

O interessante dessa hipótese é que se ela for confirmada indica que as particulas de matéria escura poderiam ser detectadas na Terra com experimentos como o do LHC.

Mas nem todo mundo concorda com essa explicação.

Alguns pesquisadores dizem que esse brilho poderia vir de estrelas ainda não descobertas no centro da galáxia, já que o mapa de distribuição mostra uma posição que bate onde as estrelas deveriam estar.

Isso até faz sentido por são muitas as fontes de raios-gamma.

Bem, isso poderá ser comprovado nos próixmos anos, se esse brilho for causado por estrelas, elas irão aparecer em imagens que serão feitas por telescópios ainda em construção como o Cherenkov Array no Chile e o SKA.

Por enquanto, parece que a aniquilação das partículas da matéria escura é a melhor explicação.

Fontes:

https://www.livescience.com/dark-matter-may-cause-milky-way-to-glow.html

https://arxiv.org/pdf/2101.04694.pdf

#DARKMATTER #MILKWAY #SPACETODAY

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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