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Masten e JPL Testam o Novo Software De Pousos Precisos Para Missões Planetárias

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observatory_150105Um ano depois do rover Curiosity da NASA ter pousado em Marte, os engenheiros no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia, estão testando um sofisticado algoritmo de controle de voo que poderia permitir pousos ainda mais precisos para futuras missões a Marte.

Testes de voo do novo algoritmo Fuel Optimal Large Divert Guidance – G-FOLD – para pousos planetários precisos estão sendo conduzidos juntamente pelos engenheiros do JPL em cooperação com Masten Space Systems no Mojave na Califórnia, usando o foguete experimental de decolagem e pouso vertical XA-0.1B “Xombie” da Masten.

O Space Technology Mission Directorate da NASA está facilitando os testes via seus programas Game-Changing Development e Flight Opportunities Programs, o último gerenciado no Dryden Flight Research Center da NASA na Base da Força Aérea de Edwards, na Califórnia. Os dois programas de tecnologia espacial trabalham juntos para testar tecnologias inovadoras usando as vantagens das plataformas e voos fornecidos comercialmente do Flight Opportunities.

“O Flight Opportunities Program suporta tanto o desenvolvimento de tecnologias espaciais inovadoras como a indústria suborbital emergente usando veículos suborbitais comerciais para testar conceitos que poderiam melhorar o entendimento do universo e a exploração pela humanidade”, disse Christopher Baker, um gerente de campanha para o programa. “A colaboração entre o JPL e a Masten para testar o G-FOLD é um grande exemplo de como nós esperamos avançar na exploração do nosso Sistema Solar enquanto geramos a base industrial necessária para avançar nas futuras explorações espaciais”.

Os atuais algoritmos de descida orientada usados nos pousos das naves espaciais são da era da Apollo. Esses algoritmos não otimizam o uso do combustível e limitam de forma significante quão longe o módulo de pouso pode ser derivado durante a descida. O novo algoritmo G-FOLD inventado pelo JPL gera de forma autônoma trajetórias de descidas que otimizam o combustível em tempo real fornecendo uma tecnologia nova fundamental necessária para pousos planetários pontuais. A capacidade de pousos precisos permitirá que missões robóticas acessem alvos científicos até o momento inacessíveis. Para missões tripuladas, ele permitirá um aumento na precisão com o mínimo necessário de combustível para permitir pousar equipamentos maiores em alvos pré-determinados.

A Masten Space Systems lançou o Xombie em 30 de Julho desde a base de teste da companhia no Mojave Air and Space Port. O JPL e a Masten estão planejando conduzir um segundo voo de teste com um perfil mais complicado em Agosto, dependendo da análise dos dados.

Para simular uma correção de curso durante uma entrada marciana no teste de Julho, o Xombie da Masten realizou um perfil de descida vertical para um ponto de pouso incorreto. Aproximadamente 90 pés no perfil, o software de controle de voo G-FOLD foi automaticamente disparado para calcular um novo perfil de voo em tempo real, e o foguete foi corretamente desviado para corrigir o ponto de pouso a 2460 pés de distância.

“Esse voo foi uma demonstração de voo livre sem precedentes de um cálculo a bordo de uma trajetório de otimização de combustível em tempo real”, disse Martin Regehr, líder de tarefas para o Autonomous Descent Ascent Powered-Flight Tested no JPL.

A Masten Space Systems é uma das sete companhias de lançamento reutilizável suborbital contratado pelo Flight Opportunities Program da NASA para voos experimentais suborbitais espaciais para verificar se as novas tecnologias trabalham como esperado em um ambiente hostil.

O NASA Dryden também ajudou no desenvolvimento do sistema de pouso do sky crane do Curiosityconduzindo duas séries de voos testes de pré-lançamento do seu radar de pouso, o primeiro sob um helicóptero em 2010 e uma sequência de séries com o radar abrigado no Quick Test Experimental Pod montado sob a asa de F/A-18 Dryden em Junho de 2011. Os testes de 2011 focaram na porção de aquisição da entrada do Mars Science LAboratory na atmosfera Marciana, quando a nave ficou suspensa em seu paraquedas. Dados coletados nos voos foram usados para ajustar o software do radar de pouso da missão para garantir que ele estava calibrado o mais preciso possível antes do pouso do Curiosity.

O JPL é uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, gerencia o projeto Curiosity para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. Para mais informações sobre as realizações do Curiosity no último ano, visitem:  http://mars.jpl.nasa.gov/msl .

Para mais informações sobre os testes de voo do radar de pouso do Curiosity, visitem: http://www.nasa.gov/topics/solarsystem/features/F-18_flying_msl_radar.html .

Para mais informações sobre o Space Technology Mission Directorate da NASA, visitem: http://www.nasa.gov/directorates/spacetech/home/ .

Fonte:

http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?release=2013-247


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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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