As crateras na Lua se formam por impacto, e elas são modificadas, algumas vezes até desaparecendo, por meio de impactos subsequentes. Há aproximadamente 45 anos atrás o lendário Don Gault e seus colegas usaram o Ames Vertical Gun para fazer um experimento sobre as consequências de gerações de impactos. A arma usada nesse experimento atirava pequenas partículas dentro de uma caixa de areia, criando assim dezenas de milhares de crateras de seis diferentes diâmetros. Os maiores tinham 17 cm de diâmetro e existiam dez vezes menos crateras para cada diâmetro menor, assim, se existisse somente um grande impacto, existiriam 10 outros impactos com um diâmetro menor, 100 com diâmetro 3 vezes menor, 1000 com diâmetro 4 vezes menor, 10000 para o diâmetro 5 vezes menor e 100000 para o menor dos diâmetros. O grupo de Gault chamou a superfície criada pelo experimento de Mare Exemplum, pois ele era um exemplo de como a sucessão de crateras modificam a superfície. Uma coisa que se tornou clara foi que num certo ponto no tempo uma nova cratera criada destruía uma de mesmo tamanho. Esse efeito é chamado de saturação e significa que a partir de um determinado momento o número de crateras não aumenta mais com o tempo. Num diâmetro de cratera onde a saturação foi atingida o número de crateras permanece constante à medida que as mais velhas são erodidas quando novas crateras se formam. Clicando na imagem acima se pode acessar o filme que mostra a evolução do Mare Exemplum. Graças a Dave Kring do Lunar & Planetary Institute foi possível ressuscitar o filme clássico e deixa-lo disponível novamente.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/October+27%2C+2011