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Mancha de Óelo no Golfo do México Atinge Costa Americana

A grande mancha de óleo no Golfo do México continua a se espalhar chegando a costa americana de acordo com os noticiários. A Guarda Costeira tenta controlar o incêndio de alguma parte do óleo e conter o avanço da mancha, mas esse processo está sendo muito prejudicado pela ação de ventos fortes na região. Enquanto isso a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) está construindo um sistema de dutos com o objetivo de conter o avanço da mancha impedindo que ela chegue até a praia.

O equipamento MODIS, Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, a bordo do satélite Terra da NASA registrou uma imagem em cor natural da mancha de óleo já bem próxima a costa da Louisiana no dia 29 de Abril de 2010. A primeira imagem mostra uma geral da região atingida por esse desastre e a segunda imagem mostra em detalhe a mancha de óleo. A mancha de óleo aparece como sendo cinza em forma de vírgula, além de possuir partes opacas e outras transparentes. A parte noroeste da mancha quase chega a tocar o Delta do Rio Mississipi. A luz do Sol, aumenta a visibilidade da mancha de óleo que possui um efeito de espelho, refletindo bem os raios do Sol.

Essa mancha de óleo surgiu como o resultado de uma explosão ocorrida em 20 de Abril de 2010 na plataforma de petróleo chamada de Deepwater Horizon. Dois dias depois da explosão a plataforma afundou e o oleoduto conectado a ela se rompeu. O óleo começou então a vazar por esse duto danificado. Na semana seguinte, a Guarda Costeira descobriu um novo vazamento e também descobriu que esse era cinco vezes maior do que o primeiro vazamento identificado.

Vários métodos de conter a mancha de óleo e o vazamento têm sido desenvolvidos, desde queimar o óleo, construir domos e usar veículos remotamente operados para manipular os equipamentos no fundo do mar. A profundidade deste poço de 1500 metros também complica as operações e prejudica assim as campanhas de mitigação deste problema. As autoridades estão monitorando a costa dos estados americanos da Louisiana, Mississipi, Alabama e Flórida com o objetivo de reduzir os impactos ambientais, entre as ações está o uso de canhões para espantar os pássaros da região afetada para que eles não sofram posteriormente com os impactos desse derramamento de óleo.

Além de monitorar em tempo real o que está acontecendo com a mancha de óleo com seus satélites a NOAA está também realizando simulações do que pode acontecer com a mancha de óleo e o seu impacto nos próximos dias. Abaixo, imagens dessas simulações.

Fontes:

http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=43846

http://news.discovery.com/earth/oil-slick-landfall.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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