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Hoje vamos falar delas, as FRBs, e para quem acompanha o canal aqui desde o começo teremos ótimas notícias.

Antes, para quem está chegando agora, o que é uma FRB, bem, é uma Fast Radio Burst, ou uma rajada rápida em ondas de rádio.

É um flash extremamente brilhante de energia em ondas de rádio, que dura uma fração de segundos, mas nesse momento, a energia da explosão é 100 milhões de vezes mais poderosa que o Sol.

É um fenômeno relativamente novo, a primeira, foi detectada em 2007, e desde então os astrônomos detectam algumas pelo universo, mas a sua fonte, sua origem e a sua natureza sempre foram um mistério.

Mas como eu falo desde sempre aqui no canal, a tecnologia vai evoluindo, e hoje, em 2020, temos observatórios poderosos e praticamente dedicados para a detecção das FRBs.

Um desses experimentos é o observatório CHIME que fica no Canadá, ele foi praticamente construído para isso, resolver o mistério das FRBs.

E foi com o CHIME que os astrônomos conseguiram detectar um sinal, em abril de 2020, um sinal em raios-X de uma magnetar na direção do centro da nossa galáxia.

Para quem não sabe também, uma magnetar é um tipo de estrela de nêutrons, ou seja, o resto de uma estrela massiva que passou por uma explosão de supernova altamente magnetizada.

Essa magnetar é uma das poucas conhecidas na via Láctea e recebe o nome de SGR 1935+2154.

E foi nessa magnetar que foi detectada uma FRB 3000 vezes mais brilhante do que qualquer outro sinal de magnetar já observado, por exemplo, 3000 vezes mais brilhante que o pulso emitido pelo pulsar no centro da NEbulosa do Caranguejo.

Isso é muito importante, pois nos mostra que as magnetars podem sim produzir as FRBs, algo que a gente já suspeitava, mas agora temos a confirmação.

O problema agora é outro, como ela produz uma FRB?

A maior parte das emissões em ondas de rádio no universo são produzidas por um processo conhecido como radiação síncrotron, onde o um gás formado por elétrons de alta energia interage com o campo magnético emitindo radiação nas ondas de rádio.

Mas no caso das magnetars pode ser um processo totalmente diferente, onde os elétrons ao invés de interagirem de forma aleatória com um campo magnético, fazem isso num processo coerente direcionando os elétrons numa mesma direção.

Mas esse processo ainda precisa ser melhor estudado.

Mas com essa detecção inequívoca de uma magnetar agora é só calibrar os instrumentos, observar mais magnetars, tentar detectar mais FRBs e é uma questão de tempo para se entender exatamente o que acontece.

Muitos telescópios estão nessa caçada inclusive o gigantesco FAST chinês, ou seja, em breve teremos novidades.

MAs está aí, as FRBs se originam de magnetars.

Fonte:

https://news.mit.edu/2020/ultrabright-radio-flashes-detection-1104

#FRB #MAGNETAR #SPACETODAY

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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