fbpx

Luzes no Céu e na Terra

aurora_dinoflagelados_01

observatory_150105Uma ejeção de massa coronal (CME) atingiu o campo magnético da Terra em 19 de Janeiro de 2013 aproximadamente as 17:15 UT. O impacto fraco não desencadeou uma tempestade geomagnética completa, mas serviu para iluminar com belas auroras o Círculo Ártico. Frank Olsen fotografou a exibição de auroras no céu numa praia em Sortland, na Noruega. Mas além das belas luzes no céu ele também registrou interessantes e intrigantes luzes na areia.

As luzes registradas por ele na areia são dinoflagelados bioluminescentes, um tipo de micróbio com brilho natural. “Para a minha surpresa, eu encontrei esses caras flutuando ao redor da praia essa noite”, disse Olsen. “Eles junto com as auroras no céu fizeram um belo cenário”.

aurora_dinoflagelados_02

Existe um link interessante entre as auroras e os dinoflagelados. Ambos usam o oxigênio para criar o brilho. No caso dos organismos marinhos, um pigmento químico (luciferina) reage com o oxigênio e cria a luz. Enquanto isso no céu, partículas carregadas do vento solar caem na atmosfera, colidindo com as moléculas de oxigênio e criando os tentáculos de tonalidade verde das auroras.

Mais auroras são esperadas para essa noite. Os pesquisadores da agência NOAA estimam uma chance de 55% para tempestades geomagnéticas polares enquanto a Terra passa através da CME.

Por coincidência, se é que ela existe, recebi hoje pelo facebook a foto abaixo. Nessa foto o que se vê são as chamadas lulas vaga-lumes. Essa foto foi feita na Baía de Toyama, no Japão. As lulas são capazes de gerar a bioluminescência via fotóforos em seus corpos.

bioluminescencia_japao

Fonte:

http://spaceweather.com/gallery/indiv_upload.php?upload_id=75771

alma_modificado_rodape105

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

Veja todos os posts

Arquivo