Extensos fluxo de água líquida através da superfície marciana são normalmente restritos aos primeiros bilhões de vida do planeta. Existem alguns lugares específicos, contudo, onde a água líquida pode ter se tornado estável mais tarde na história do planeta, quando Marte já era considerado seco e frio. A Cratera Lyot é um desses lugares.
A Cratera Lyot é uma bacia com anel e pico que foi formada nas terras baixas do hemisfério norte de MArte, fazendo com que ela tenha o ponto topográfico mais baixo do hemisfério norte marciano. Adicionalmente a isso, nós sabemos que o evento de impacto que criou a Cratera Lyot ocorreu depois da significante era de atividade fluvial acontecida em Marte, então todas as feições observadas na Cratera Lyot foram formadas depois dessa era.
Essas observações mostram o que parece ser um leque invulgar que é alimentado por vales que se estendem por quase 50 quilômetros ao longo do assoalho da Cratera Lyot. O leque não é recente, então essa atividade é anterior aos canais marcianos, alguns deles podem ser observados na imagem. O leque foi coberto por um material suave que foi removido em algumas áreas e fraturado em outras. Isso faz com que seja difícil observar o leque como ele era quando foi originalmente criado.
A Cratera Lyot é encontrada em uma região de Marte que acredita-se hospede muitos detritos de geleiras, alguns desses encontrados dentro da própria cratera, e unidades ricas em gelo. Isso poderia então fornecer uma potencial fonte de água que sob certas circunstâncias seriam mais favoráveis que hoje, podendo derreter e criar feições como as observadas aqui.
Fonte: