Imagens de alta resolução no espectro do visível e do térmico capturadas pelo satélite operado conjuntamente entre o Japão e a NASA foram processadas pelo vulcanologista Michael Ramsey da Universidade de Pittsburgh fornecendo assim o primeiro olhar em detalhe do vulcão Eyjafjallajökull que causou todo o transtorno na aviação mundial ao entrar em erupção no dia 14 de Abril de 2010.
Ramsey, um professor associado do Departamento de Geologia e Ciência Planetária, coletou as imagens feitas pelo satélite Earth-orbiting Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflectance Radiometer, ou mais conhecido como ASTER, e após o processamento dessas imagens chegou a conclusão que embora a nuvem de cinzas esteja diminuindo a temperatura interna do vulcão está aumentando.
Ramsey é membro da equipe científica do ASTER e especialista em sensoriamento remoto e visualização aplicada ao estudo dos vulcões. Seu trabalho com o ASTER normalmente é focado para a região do Oceano Pacífico, mas ele virou o satélite para a Islândia com o objetivo de ajudar os cientistas do Iceland Geosurvey (ÍSOR) que não podem se aproximar de maneira segura do vulcão para proceder com os estudos. Ramsey tem compartilhado suas imagens com os cientistas do ÍSOR e com vulcanologistas espalhados pelo mundo.
Diferentemente das imagens de satélites voltadas para o clima, as imagens de alta resolução do ASTER podem ajudar os cientistas a determinar a composição química da pluma e a sua espessura além de localizar os fluxos de lava e a temperatura interna do vulcão.
Os dados podem ajudar a melhor monitorar a atividade do vulcão, particularmente o possível efeito que o faz disparar, o que é importante devido a sua proximidade com um vulcão maior ainda, o Katla, que na imagem do ASTER é visto como uma grande área sem cor à direita do Eyjafjallajökull. No passado o Katla entrou em erupção toda vez que o Eyjafjallajökull também entrou. Por enquanto segundo o cientista, as imagens não mostraram nenhuma atividade suspeita desse outro vulcão.
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