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Imagem Mostra Supernova A Partir da Mistura da Luz Infravermelha e de Raios-X


Supernova Seen In Two Lights


observatory_1501051Os resultados destrutivos de uma poderosa explosão de supernova se revelam numa delicada mistura da luz infravermelha e dos raios-X, como pode ser visto na imagem acima feita com a integração dos dados obtidos pelo Telescópio Espacial Spitzer e pelo Observatório de Raios-X Chandra, da NASA com o XMM-Newton da ESA.

A nuvem borbulhante, observada acima é na verdade uma onda de choque irregular, gerada por uma supernova que foi testemunhada na Terra, a 3700 anos atrás. A remanescente dessa explosão, chamada de Puppis A, está localizada a cerca de 7000 anos-luz de distância da Terra, e a onda de choque tem cerca de 10 anos-luz de diâmetro.

As tonalidades em pastel nessa imagem, revelam que as estruturas observadas em raios-X e em infravermelho traçam de perto uma a outra. Partículas de poeira aquecidas são responsáveis pela maior parte dos comprimentos de onda da luz infravermelha, assinalada nas cores vermelho e verde nessa imagem. O material aquecido pela onda de choque da supernova emite raios-X, que são coloridos em azul. As regiões onde as emissões infravermelho e de raios-X se misturam, tornam-se mais brilhantes, e são coloridas em tons pastel.

A onda de choque parece se iluminar enquanto ela bate nas nuvens de gás e poeira ao redor que preenchem o espaço interestelar nessa região.

A partir do brilho infravermelho, os astrônomos têm encontrado uma quantidade total de poeira na região que é igual a um quarto da massa do nosso Sol. Os dados coletados do espectrógrafo infravermelho do Spitzer, revela como a onda de choque está partindo os frágeis grãos de poeira  que preenchem o espaço ao redor.

As explosões de supernovas forjam os elementos pesados que podem fornecer o material bruto dos quais as futuras gerações de estrelas e de planetas irão se formar. Estudando como as remanescentes de supernovas se expandem na galáxia e como elas se interagem com outro material fornece pistas críticas sobre a nossa própria origem.

Os dados infravermelhos do Multiband Imaging Photometer (MIPS) do Spitzer nos comprimentos de onda de 24 e 70 mícron são renderizados em verde e vermelho. Os dados de raios-X do XMM-Newton variam entre as energias de 0.3 a 8 kiloelétron volts e são mostrados em azul na imagem acima.

Fonte:

http://www.nasa.gov/jpl/spitzer/chandra/pia18468/#.U_aWIEvobL8


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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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