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Imagem Espetacular Mostra VLT do ESO e Rastro Deixado Pelas Estrelas Devido a Rotação da Terra

Essa fotografia dinâmica de longa exposição mostra o Very Large Telescope do ESO em ação, bem como revela a rotação da Terra no espaço.

Da mesma maneira como o Sol nasce no leste e se põe no oeste, as estrelas também parecem seguir esse mesmo caminho no céu. Porém seu caminho calmo durante uma noite é quase que imperceptível para um observador casual, mas qualquer um pode testar o efeito em qualquer próxima noite limpa, por exemplo, marque a posição de uma estrela no céu e depois cheque a posição dessa mesma estrela horas depois. A mudança não é causada pelo movimento das estrelas, mas sim pela rotação da Terra.

Uma fotografia de longa exposição é a maneira ideal para registrar esse movimento. Para isso, coloque a câmera em um tripé, acione o disparador e abra a lente. Em fotos normais somente uma fração da luz é registrada em uma fração de segundo, mas para registrar esse tipo de imagem é necessário deixar a câmera aberta por muito mais tempo.

Para obter essa foto mostrada acima, o Photo Ambassador do ESO Gianluca Lombardi coletou a luz das estrelas num período de 25 minutos. Aparentemente não é um tempo muito longo, mas os rastros deixados pelas estrelas dizem que foi o tempo suficiente para registrar o efeito desejável. Como a Terra gira, as estrelas que estaticamente são pontos brilhantes, se transformam em rastros de luz na imagem final. Na parte superior esquerda da imagem, os rastros formam arcos ao redor do polo celeste sul, que não aparece na imagem. Os traços fantasmas que aparecem na imagem são de alguém andando através da plataforma de observação do Paranal.

Muitas fotos espetaculares e familiares de objetos astronômicos são obtidas usando o mesmo princípio de se acumular a luz por um longo período de tempo para construir a imagem final. É comum os telescópios coletarem luz dos objetos por algumas horas para que então se tenha uma imagem final. Para que essa imagem, nesse caso mostre os detalhes do objeto que se está observando, um novo desafio surge, ou seja, enquanto a Terra segue seu movimento de rotação o telescópio precisa se mover para compensar tal movimento e assim conseguir por horas coletar a luz do objeto em questão.

Fonte:

http://www.eso.org/public/images/potw1133a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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