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Gigantesco Acidente Geográfico É Registrado em Marte Pela Câmera HiRISE

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observatory_150105Acidentes geográficos arenosos formados pelo vento, ou camadas eólicas, são classificadas pelo seu comprimento de onda, ou a distância entre as cristas. Em Marte, nós podemos observar quatro classes dessas paisagens: ondulações, sulcos eólicos transversais (conhecidas como TARs), dunas e o que são chamadas de draa, em ordem crescente de comprimento de onda. Todas essas paisagens podem ser vistas nessa imagem de Juventae Chasma.

Ondulações são as menores paisagens geográficas (com menos de 20 metros) e só podem ser observadas em imagens de alta resolução sobrepostas em muitas superfícies. Os TARs são paisagens ligeiramente maiores (com comprimento de onda entre 20 e 70 metros), que são normalmente mais claras com relação ao terreno ao redor. Dunas escuras (com comprimentos de onda entre 100 metros e 1 quilômetro), são paisagens comuns e muitas são atualmente ativas. O que os geólogos chamam de “draa” são as paisagens de mais alta ordem com o maior comprimento de onda (maior que 1 quilômetro), e são relativamente pouco comuns em Marte.

Aqui, essa gigantesca “draa” possui faces íngremes ou faces de deslizamento com centenas de metros de altura e possuem paisagens sobrepostas de ordem inferiores, como as ondulações e as dunas. Uma paisagem desse tamanho provavelmente se formou em Marte no decorrer de milhares de anos.

Essa imagem foi adquirida pela câmera HiRISE a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter da NASA em 6 de Janeiro de 2014. A Universidade do Arizona, em Tucson, opera a câmera HiRISE, que foi construída pela Ball Aerospace & Technologies Corp., em Boulder, no Colorado. O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, gerencia o Mars Reconnaissance Orbiter Project para o Science Mission Directorate da NASA em Washington.

Fonte:

http://www.nasa.gov/content/giant-landform-on-mars/#.U6CykfldV8E


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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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