Apenas 20 minutos de sua reentrada na atmosfera da Terra, essas imagens foram feitas e mostram o Ônibus Espacial Atlantis como se estivesse esbarrando através da face do Sol.
Essas imagens, embora de ótima qualidade não foram feitas pela NASA e nem por astrônomos profissionais usando equipamentos que custam milhões de dólares. Na verdade, essas fotos que mostram a pequena silhueta do ônibus espacial em frente ao Sol foram capturadas por um fotógrafo amador usando um equipamento modesto perto dos multimilionários telescópios e do jardim de sua casa.
O mais incrível mesmo de todas essas fotos, é que o seu autor, o fotógrafo francês Thierry Legault só tinha 0.9 segundos para fazer o registro, mais ainda assim conseguiu capturar a nave quatro vezes enquanto ela viajava a uma velocidade de 7.8 km/s.
Ele acoplou uma câmera em um telescópio com tripé, colocou um filtro solar no telescópio e o apontou para o Sol.
O senhor Legault sentou e esperou pacientemente por mais de uma hora, se preparando para registrar a imagem desde a área de Emdem na Alemanha no dia 21 de Julho de 2011.
O engenheiro de 49 anos disse: “O que você nas fotos é o Ônibus Espacial Atlantis passando em frente ao Sol, embora só seja possível ver sua silhueta”. Continuou ele, “bons trânsitos duram menos de um segundo e os melhores talvez menos de meio segundo. É um tipo de jogo de desafio e o prazer e adrenalina estão presentes o tempo todo”.
O astrônomo amador, originalmente de Paris, começou a fazer fotos de trânsitos solares em 2006, e já conseguiu registrar dezenas desse tipo de imagem desde então.
Ele seguiu a última missão do Atantis de perto e também fez imagens enquanto ela estava acoplada a ISS no dia 15 de Julho de 2011 e depois no momento da desacoplagem em 19 de Julho de 2011.
O senhor Legault adiciona: “A principal dificuldade é encontrar uma boa localização para fotografar o trânsito. Você precisa de um lugar tranquilo, acessível, no campo, sem árvores, grandes rodovias e propriedades privadas. Mas o mais difícil é o tempo. No oeste da Europa, especificamente nos países do norte, ele muda frequentemente e não é confiável. Sem um dia claro você não consegue fazer esse tipo de imagem”.
O francês usa uma relógio sincronizado via rádio para ter certeza que ele saiba exatamente o tempo, com precisão de segundos em que o ônibus espacial cruzará o Sol.
Mas apesar da precisão com que planeja tudo ele nunca sabe se vai mesmo conseguir registrar o evento mesmo depois dele ter acontecido. Diz ele, “eu nunca sei o momento real, se o disparo foi bem sucedido, pois durante o processo de aquisição da imagem eu fico olhando para o relógio e não para a câmera. Assim, só depois que eu vejo o resultado na tela da máquina é que posso relaxar e ver que tudo correu como planejado”.
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