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Faixa Latitudinal do Limbo Ao Terminador da Lua

Normalmente quando se observa a Lua pode-se varrer o satélite de baixo acima, seguindo o terminador. Então pode-se mover em direção ao limbo e repetir o movimento. A imagem acima, feita por George Tarsoudis, do site: http://www.lunar-captures.com/index.html, mostra como pode ser intrigante uma corrida perpendicular pelo terminador. Essa banda de latitude específica passa por algumas das mais espetaculares paisagens lunares, começando com a cratera Plato, perto do terminador e movendo-se para leste até Alpine Valley. Então podemos ver ali a Aristoteles e a Eudoxus, seguido pelas fraturas perto da Bürg, e sobre os heróis de Atlas e Hercules. Uma vez que se passa pela brilhante porém oblíqua cavidade de impacto a leste da Atlas, se tem pouco a ver, exceto pelo amável pedaço de mar chamado de Lacus Spei. Quando se observa a imagem acima pode-se reconhecer esses gigantes cênicos, mas a imagem também captura muitas outras feições de segundas ordem que normalmente não podem ser vistas através de uma ocular. Entre essas feições pode-se citar as ranhuras a leste da Plato e a ranhura interna meandrante do Alpine Valley. Pode-se ver o halo escuro a leste da Baily mas nunca as aberturas vulcânicas produzidas por ela. Novamente, os halos escuros dentro da Atlas, no mínimo o halo do sul, são detectáveis nas oculares, mas as ranhuras concêntricas e outras normalmente não são visíveis. Olhando os relatos observacionais visuais e os desenhos feitos antes de 1990 quando as imagens de alta qualidade começaram a aparecer é fácil entender por que os observadores se maravilharam com as mudanças ocorridas. Muitos detalhes estão no limite da detectabilidade visual que faz difícil decidir em quais desenhos eles aparecem. O fato marcante é com que frequência os observadores clássicos identificaram de maneira correta os detalhes. Atualmente podemos dizer que estamos sendo mimados com as belas imagens feitas pelos astrônomos amadores.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/April+3%2C+2012

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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