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28 de dezembro de 2024

Estudo Mostra Que a Maior Parte dos Exoplanetas Terrestres Possuem Órbitas Circulares

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De acordo com uma equipe de astrônomo na Universidade de Aarhus, na Dinamarca, exoplanetas terrestres do tamanho da Terra orbitam suas estrelas hospedeiras em padrões circulares, muito parecidos com os planetas no nosso Sistema Solar.

Os planetas do Sistema Solar se movem em órbitas quase circulares. Em contraste, muitos exoplanetas gasosos gigantes, viajam em órbitas altamente elípticas, enquanto que a forma de órbitas menores, de exoplanetas mais terrestres, permanece na sua maior parte elusiva.

Agora, um novo estudo usando dados do Telescópio Espacial Kepler da NASA, mostrou que as trajetórias de planetas terrestres, pequenos apresentam um contraste muito grande com exoplanetas mais massivos.

Os autores do estudo – os astrônomos da Universidade de Aarhus, o Dr. Simon Albrecht e Vincent Van Eylen – analisaram dados fotométricos de 74 planetas do tamanho da Terra ao redor de 28 estrelas brilhantes, e encontraram que todos esses planetas mantêm órbitas circulares, não excêntricas.

“Os resultados orbitais para esses planetas menores (Kepler-10b, e –c, Kepler-23c, -c, e –d, Kepler-25b e –c, e outros) podem eventualmente ajudar a explicar por que planetas maiores têm órbitas mais extremas”, disse Van Eylen, principal autor do artigo que descreve o estudo e que foi aceito para publicação no Astrophysical Journal.

“Vinte anos atrás, nós só sabíamos sobre o nosso Sistema Solar, e tudo era circular, e assim, todo mundo esperava encontrar órbitas circulares em todos os lugares”, disse ele.

“Então começamos a encontrar exoplanetas gigantes, e descobrimos repentinamente uma grande variação de excentricidades nas órbitas, assim, abriu-se a discussão sobre se isso também aconteceria com planetas menores. Nós descobrimos que para planetas menores, a órbita circular é provavelmente a norma”.

Isso é uma boa notícia se você quer procurar vida em outros lugares. Entre muitos outros pré-requisitos, para um planeta ser habitável, ele deve ter aproximadamente o tamanho da Terra, ser pequeno e compacto o suficiente para ser um planeta rochoso e não gasoso.

Se um pequeno planeta é mantido numa órbita circular, ele será muito mais amigável à vida, pois será capaz de manter um clima mais estável durante a sua jornada ao redor de sua estrela.

Van Eylen ainda adicionou: “se órbitas excêntricas fossem comuns para planetas habitáveis, isso seria terrível para a vida, pois esses planetas iriam experimentar uma grande variação das propriedades climáticas. Mas o que nós descobrimos é que provavelmente nós não precisamos nos preocupar muito, pois as órbitas circulares são muito mais comuns”.

Fonte:

http://www.sci-news.com/astronomy/science-terrestrial-exoplanets-circular-orbits-02865.html

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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