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Espiando o Futuro da Nossa Galáxia

Essa imagem, registrada pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra o que acontece quando duas galáxias, tornam-se uma só. O nó cósmico contorcido é a NGC 2623, ou Arp 243, e está localizada a cerca de 250 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Cancer.

A NGC 2623 ganhou essa forma incomum e distinta como o resultado de uma grande colisão e da subsequente fusão, entre duas galáxias separadas. Esse violento encontro fez com que as nuvens de gás dentro das duas galáxias se comprimissem e agitassem, provocando um pico acentuado de formação de estrelas. Essa formação ativa de estrelas é marcada por manchas azuis brilhantes, que podem ser vistos agrupados tanto no centro como ao longo das trilhas de poeira e gás que formam as curvas de varredura, também conhecidas como caudas de maré da NGC 2623. Essas caudas se estendem por aproximadamente 50 mil anos-luz de ponta a ponta. Muitas estrelas jovens e quentes se formam nos brilhantes aglomerados estelares, no mínimo 170 desses aglomerados são conhecidos dentro da NGC 2623.

A NGC 2623 está no estágio final de fusão. Acredita-se que a Via Láctea irá lembrar a NGC 2623 quando ela colidir e se fundir com a galáxia vizinha, Andrômeda, daqui a aproximadamente 4 bilhões de anos.

Em contraste com a imagem da NGC 2623, lançada em 2009 e que pode ser vista abaixo, essa nova versão contém dados de observações recentes feitas em banda estreita e em infravermelho, com o objetivo de deixar mais feições da galáxia visíveis.

Fonte:

http://www.spacetelescope.org/images/potw1742a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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