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Direto do Observatório Lunar Vaz Tolentino: A Cratera Schiller

CrateraSchiller:

Dimensões: 179 Km X 71 Km;

Profundidade: 3,9 Km.

Coordenadas Selenográficas: Lat: 44.4o S  Long: 54.6o W.

Foto no mapa LAC 125.

Melhor época para observação: 3 dias após à fase “quarto crescente” ou 2 dias depois da fase “quarto minguante”.

Quem foi Julius Schiller (1580 – 1627) ? Foi um advogado germânico que era um renomado desenhista de mapas medievais. Publicou também, o atlas de estrelas “Coelum Stellatum Christianum”, pioneiro no campo da cartografia celestial. Nesse atlas, as constelações pagãs foram substituídas por figuras cristãs e bíblicas.

Schiller é uma cratera muito incomum de formato alongado, situada perto da borda sudoeste da lua, região elevada e vastamente ocupada por crateras de impacto. O formato alongado de Schiller, que lembra uma elipse, fica ainda mais pronunciado pela proximidade com o limbo da Lua.

À primeira vista, Schiller parece consistir em duas crateras sobrepostas. Porém, o delineamento de suas paredes externas sugere que pode ser três ou quatro. O eixo longo dessa “elipse” apresenta-se na direção noroeste – sudeste, com maior largura na metade sudeste.  A parede de interna de Schiller apresenta-se na forma de degraus ou curvas de nível (terraced). A maior parte de seu piso é plano devido à inundação por lava.

No interior da cratera que tem 3,9 Km de profundidade, do lado noroeste, existem duas montanhas em seqüência linear, formando uma grande crista que divide o piso em duas metades.

Junto à borda leste de Schiller posiciona-se a cratera de impacto Bayer (diâmetro: 49 Km , Lat: 51.6o S  Long: 35.0o W). Bayer é uma formação circular, com paredes internas altas e inclinadas, com o fundo do piso inundado por lava.

A noroeste de Schiller, encontra-se a enorme cratera de impacto Schickard (diâmetro: 233 Km X 71 Km  , Lat: 44.4o S  Long: 54.6o W), perto do limbo sudoeste da Lua. Por causa disso, apesar de ser circular, parece ter formato de elipse. Seu piso, com 2 Km de profundidade, foi parcialmente inundado por lava, tendo uma tonalidade bastante escura, e existe a presença de alguns pequenos impactos. Sua borda irregular possui pontos com altitudes que atingem 2,7 Km, e foi destruída do lado sudeste pelo impacto da cratera Schickard E (diâmetro: 32 Km).

Dados técnicos da foto:

Autor:

Ricardo José Vaz Tolentino.

Data e Hora:            

?04? de ?março? de ?2012, ??21h07m.

Foto com apenas 1 frame, sem longa exposição ou “empilhamento”. Não foram utilizados filtros.

Telescópio:                        

Refletor Dobsoniano SkyWatcher Collapsible Truss-Tube;

Diâmetro Espelho Primário:      

305mm (12”);

Distância Focal:                 

1500mm;

Focal/Ratio – (f/):               

5;

Tripé ou Montagem:                     

Dobsoniana;

Barlow:                                

Celestron Ultima 2X Barlow;

Câmera:                   

Orion StarShoot Solar System Color Imager III;

Não deixem de visitar o site oficial na internet do Observatório Lunar Vaz Tolentino, onde é possível encontrar centenas de fotos da Lua além de muitas informações sobre astronomia e ciência em geral. Visitem: www.vaztolentino.com.br

Fonte:

www.vaztolentino.com.br

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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