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Existe um tipo de buraco negro que sempre intrigou os astrônomos mais do que o normal.

São os buracos negros de massa intermediária, que como o próprio nome já diz possuem uma massa que fica entre a massa dos buracos negros de massa estelar, aqueles de dezenas de vezes a massa do Sol e os supermassivos, aqueles com milhões de vezes a massa do Sol.

O problema, eles não tem uma atividade intensa e nós não temos detectores hoje capaz de receber os seu sinais.

No ano de 2020, o consórcio LIGO/VIRGO anunciou a descoberta da existência dos buracos negros de massa intermediária, a partir da colisão de dois buracos negros de massa estelar.

Mas a massa desse buraco negro estava na casa das centenas de vezes a massa do Sol.

Porém, a questão é, por onde andam os buracos negros com milhares de vezes a massa do Sol, dezenas de milhares de vezes a massa do Sol?
E por que querer saber desses buracos negros?

Porque eles podem explicar o crescimento rápido de buracos negros supermassivos, principalmente no início do universo, a descoberta dos buracos negros de massa intermediária ajudam a entender boa parte da evolução do próprio universo.

Eles estão escondidos por aí, mas agora os astrônomos parecem ter conseguido detectar um deles.

Os astrônomos anunciaram hoje no periódico Nature Astronomy, a descoberta de um buraco negro com 55 mil vezes a massa do Sol, um verdadeiro buraco negro de massa intermediária.

Esse raro buraco negro foi descoberto de uma forma bem inusitada também.

Os astrônomos usaram o efeito de lente gravitacional em uma rajada de raios-gamma para encontrar o buraco negro.

Uma rajada de raios-gamma é um flash de luz de alta energia que dura meio segundo, e é causado pela fusão de duas estrelas.

Os astrônomos porém, observaram um eco dessa luz e quando interpretaram os resultados concluíram que esse eco foi devido à presença de um buraco negro que acabou distorcendo a trajetória da luz em direção à Terra e por isso eles viram o mesmo flash duas vezes.

Esse buraco negro recém-descoberto pode ser uma relíquia, um buraco negro primordial, criado bem no início do universo antes até mesmo das primeiras estrelas e das primeiras galáxias.

Esse tipo de buraco negro pode ser a semente dos buracos negros supermassivos que observamos hoje no centro da maior parte das grandes galáxias.

Essa descoberta abre um leque gigantesco de questões que os astrônomos estão se fazendo nesse momento, será que esses buracos negros estão unidos às galáxias, qual a relação deles com os aglomerados globulares, e como seria o colapso das nuvens primordiais que o formariam.

Todas essas perguntas e muitas outras só serão respondidas à medida que mais buracos negros de massa intermediária sejam detectados, essa é uma grande caçada atual onde os astrônomos estão envolvidos.

Fonte:

https://www.eurekalert.org/pub_releases/2021-03/uom-bhs032521.php

#SEEDS #INTEMEDIATEMASSBLACKHOLE #SPACETODAY

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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