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Da Atividade Solar Até As Impressionantes Auroras

Aurora_over_Norway_node_full_image

observatory_150105Essa bela aurora iluminou o céu sobre a paisagem repleta de neve perto de Tromso, na Noruega.

Essas aparições coloridas são produzidas quando partículas eletricamente carregadas viajando do Sol, no vento solar são canalizadas ao longo das linhas do campo magnético da Terra e atingem os átomos na alta atmosfera. As colisões com os átomos de oxigênio normalmente geram auroras verdes como a vista aqui.

O link entre as auroras e a atividade solar tem sido algo aparente por séculos, mas somente com advento dos satélites os cientistas puderam começar a decifrar os mecanismos físicos que causam esse fenômeno espetacular.

O quarteto de satélites Cluster da ESA voa em formação ao redor da Terra, passando através do ambiente magnético para explorar a conexão entre o Sol e nosso planeta.

Num novo estudo, o Cluster tem investigado os violentos eventos magnéticos chamados de subtempestades, que resultam das variações no fluxo das partículas carregadas emitidas no vento solar que colide com o escudo magnético da Terra, a chamada, magnetosfera.

Durante uma subtempestade, a cauda da magnetosfera da Terra é comprimida e ejeta poderosos fluxos de plasma de alta energia em direção ao planeta em velocidades que podem chegar a alguns milhares de quilômetros por segundo. Isso permite que as partículas de plasma infiltrem na camada superior da atmosfera da Terra produzindo as auroras.

Conhecidos como fluxos explosivos completos, esses fenômenos são de vida curta, durando normalmente entre 10 a 20 minutos. O novo estudo descobriu que, apesar de serem breves, esses fluxos podem carregar uma quantidade muito maior de energia do que se pensava anteriormente, ao em torno de um terço da energia total que eventualmente atinge a Terra durante uma aurora.

Estudos anteriores consideravam essa contribuição para o total de energia transferida em uma subtempestade como sendo marginal, em torno de 5%.

Esses novos achados sugerem que a importância de um fenômeno como os fluxos explosivos completos tinha sido anteriormente subestimada, e poderia fornecer novas ideias sobre os efeitos do clima espacial na Terra.

A missão Swarm da ESA, planejada para ser lançada em Junho de 2013, está sendo programada para fornecer novos detalhes sobre as complexidades do campo magnético da Terra e a sua conexão com o Sol.

Fonte:

http://www.esa.int/Our_Activities/Space_Science/From_solar_activity_to_stunning_aurora

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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