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CURIOSITY ESTUDA O CLIMA DE MARTE DO ALTO DA MONTANHA | SPACE TODAY TV EP.1828

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Se um dia pensamos em morar em Marte, sim, eu sei que está cada dia mais distante essa ideia, será preciso conhecer muito bem o Planeta Vermelho.

Conhecer um planeta no seus mínimos detalhes inclui entender como é, e como foi o clima ali, e como ele pode ter alterado o planeta.

Hoje os cientistas planetários contam com uma arma infalível para entender o planeta Marte, o Rover Curiosity.

O rover está explorando Marte a quase sete anos já e nesse momento está escalando o Monte Sharp.

Essa montanha localiza-se no centro da cratera Gale e pode guardar muitos segredos sobre o passado de Marte.

Como nós sabemos, hoje, Marte é um local seco e frio.

Porém, a cerca de 3.5 bilhões de anos atrás, o planeta tinha, rios, lagos, e água subterrânea.

Nós não sabemos quanto tempo o Curiosity irá continuar explorando Marte.

Mas se você ver a animação que está rolando nesse vídeo, verá uma linha branca que é a rota proposta para o Curiosity percorrer nos próximos anos.

Atualmente, o rover Curiosity está explorando uma área que é chamada de Unidade Argilosa.

Ela recebe esse nome, pois do espaço sondas detectaram a presença de argila nessa região.

E isso é muito interessante, pois os minerais argilosos, se formam na presença de água.

E no solo com o Curiosity é possível buscar pelas pistas dessa água antiga.

Numa região repleta de penhascos, logo acima da Unidade Argilosa, as sondas em órbita detectaram minerais de sulfatos e os cientistas deram o nome para essa região de Unidade de Sulfato.

A presença desses minerais, mostra que com o passar do tempo, a água se esgotou, ou se tornou mais ácida.

E é aí que está uma bela oportunidade para os cientistas planetários.

Ao compararem as rochas da Unidade Argilosa, com as da Unidade de Sulfatos, eles terão uma boa ideia do que aconteceu com o clima de Marte, ou seja como ele mudou no decorrer do tempo.

Cortando a camada de sulfatos, existe a evidência de um antigo rio, que é chamado pelos pesquisadores de Canal Gediz Vallis.

A partir da órbita, as sondas conseguem detectar pedaços de rochas e outros detritos, que muito provavelmente foram lavados pela água.

Esse canal se formou posteriormente à formação das Unidades Argilosa e de Sulfatos.

Isso quer dizer que, esse canal representa um novo capítulo na história da água no Monte Sharp.

Todas essas feições, as camadas de argila e sulfatos e o canal, podem nos ensinar muito sobre o Planeta Vermelho.

Ou seja, o Monte Sharp não é apenas uma montanha, é uma verdadeira biblioteca da história climática de Marte.

Nos ensina como as mudanças estavam acontecendo no planeta e mais ainda, pode nos ensinar sobre como todas essas mudanças podem ter afetado a vida em Marte.

A habilidade do planeta manter a vida.

Se é que a vida existiu ali em algum momento.

#Curiosity #Marte

Fonte:

https://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=7400

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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