Feições como essa cratera com halo escuro não são comuns na Lua, mas onde elas são encontradas elas tendem a ocorrer tanto em depósitos vulcânicos maduros como em depósitos de material ejetado por impactos jovens, ou na melhor das hipóteses mais recente. As circunstâncias fornecem pistas para se resolver o mistério de uma maneira direta. Por exemplo, essa cratera está localizada ao norte da Liebig J, uma cratera brilhante e relativamente jovem no Mare Humorum. O impacto mostrado na imagem claramente ocorreu dentro da cobertura de material ejetado pela Liebig J, que é menos maduro e portanto tem um albedo mais alto do que o do material escuro ao redor. Quando um pequeno impacto acontece ele penetra o material ejetado da Liebig J e escava o material escuro abaixo dela.
É possível notar que parte do material dentro da parede da cratera é na verdade mais brilhante que o material ao redor. Isso não é tão incomum em crateras jovens. Mas por que o material ejetado não foi distribuído de maneira perfeitamente simétrica? Seria na verdade necessário se ter uma coleção de amostras e de mapeamentos para poder responder completamente a essa pergunta. Mas parte da história pode ser contada devido às heterogeneidades da textura do depósito de material ejetado pela Liebig J nessa área. Quando a o impacto de halo escuro aconteceu, essas heterogeneidades fizeram com que a energia do impacto se dispersasse de forma diferente. É possível notar também que crateras menores e mais recentes aparecem através do padrão de raios escuros que expõem novamente os depósitos mais brilhantes localizados abaixo. O resultado final é uma estratigrafia local complexa, mas que pode ser revelada através de cuidadosos estudos dos efeitos do impactos, suas energias e localizações. A imagem abaixo mostra a diferença de albedo entre os depósitos de material ejetado pela cratera Liebig J e os depósitos de mares ao redor.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/399-Dark-haloed-crater-in-Mare-Humorum.html