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19 de dezembro de 2024

Auréolas Ovais – Explicações e a Confirmação de Uma Hipótese

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observatory_150105Peter Rosen, conhecido de quem acompanha a astrofotografia, de Estocolmo, fez o teste de obter imagens quase que simultâneas de auréolas ao redor de estrelas ou planetas, tanto alto como baixo no céu.

Na imagem acima, à esquerda temos Sirius, baixo no céu. À direita é Júpiter e suas luas na metade do caminho até o zênite.

A auréola de Sirius é mais alongada que a de Júpiter. Veja a imagem abaixo para poder observar os contornos de intensidade.

Por que isso?

Auréolas, são formadas por pequenos objetos, gotículas de água, cristais de gelo, aerossol, poeira, e até mesmo pólen, que difrata a luz do Sol. Quando as partículas são uniformes em tamanho, as auréolas se desenvolvem em coroas multianeladas.

A maior parte das auréolas são circulares. Misteriosamente, algumas auréolas pequenas ao redor de planetas brilhantes são alongadas verticalmente. Isso implica que o objeto difrator está alongado horizontalmente, eles certamente não são gotículas de água e as auréolas são de tamanho errado para serem geradas por pólen suspenso.

Uma possibilidade é que os objetos difratores sejam cristais de gelo em forma achatada ou em forma de coluna orientados, do mesmo tipo que forma os halos. Esses cristais aparecem, em média, horizontalmente alongadas com relação ao Sol ou à luz das estrelas perto do horizonte. Mas, em média, eles parecem simétricos quando iluminados por raios aproximadamente verticais. Suas auréolas ao redos de estrelas ou de planetas devem ser alongadas verticalmente perto do horizonte mudando para uma forma mais circular perto do zênite.

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As imagens feitas por Peter Rosen suportam essa hipótese.

Mais observações e análises são necessárias, mas sempre é bom ver algo que foi previsto sendo confirmado.

O esquema abaixo tenta explicar melhor o fenômeno. Esse esquema mostra a difração gerada por cristais de gelo no ar.

Assim sendo, se os cristais são suficientemente grandes eles estarão orientados aerodinamicamente, à medida que eles derivam para baixo com relação às correntes de ar locais.

Para a luz proveniente de uma estrela baixa, os cristais, hexágonos achatados, ou colunas, aparecem em média alongados horizontalmente. O espalhamento resultante e a difração cria uma auréola alongada verticalmente.

Os cristais aparecem, em média, ficando cada vez mais circulares para a luz proveniente de estrelas ou planetas que estão altos no céu. Eles então, nesse caso, geram auréolas cada vez mais circulares.

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Fonte:

http://atoptics.co.uk/fz889.htm

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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