Astrônomos chineses descobriram mais de 10000 estrelas gigantes ricas em lítio, superando o número total desse tipo de estrelas descobertas anteriormente pelos cientistas ao redor do mundo.
A descoberta foi feita por pesquisadores do National Astronomical Observatories da Chinese Academy of Sciences com base nos dados adquiridos pelo Large Sky Area Multi-Object Fiber Spectroscopic Telescope, ou LAMOST, um telescópio do tipo Schmidt quase meridiano localizado em Xinglong na província de Hebei no norte da China.
O lítio é considerado um dos três elementos sintetizados no Big Bang, junto com o hidrogênio e com o hélio, e é facilmente consumido no interior das estrelas, de acordo com a clássica teoria de evolução estelar.
A primeira descoberta de uma estrela gigante rica em lítio foi em 1982 e essa descoberta desafiou então a teoria clássica. Para tentar resolver esse problema os cientistas tentaram observar mais estrelas desse tipo.
Porém, não é uma tarefa fácil, pois estrelas gigantes, ricas em lítio são muito raras.
Finalizado em 2008, o LAMOST começou a fazer pesquisas regulares em 2012, e pode observar cerca de 4000 corpos celestes de uma vez. Isso tem ajudado os cientistas chineses a estabelecer o maior banco de dados de espectros estelares.
Com base nos dados do LAMOST, os astrônomos encontraram mais de 10000 estrelas gigantes ricas em lítio em 810000 estrelas gigantes pesquisadas.
O estudo pode ajudar os cientistas a desenvolverem um entendimento melhor sobre as características das estrelas gigantes ricas em lítio, sobre o processo de evolução e sobre a estrutura interna das estrelas, disseram assim os pesquisadores.
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