A Sociedade Geológica da América recentemente publicou um volume chamado Análogos Para Exploração Planetária (http://specialpapers.gsapubs.org/content/current) que inclui um número de artigos sobre análogos terrestres. Esse volume também inclui algumas histórias curtas sobre o treinamento dos astronautas, incluindo um capítulo sobre o treinamento de campo geológico dado aos astronautas da Apollo (http://specialpapers.gsapubs.org/content/483/33.abstract). Quem é interessado pela Lua com certeza tem interesse no capítulo apresentado no final desse post, que foi escrito por Farouk El-Baz sobre o treinamento dado aos Pilotos do Módulo de Comando das Missões Apollo instruindo eles a fazerem observações de utilidades geológicas do terreno lunar visto da órbita do satélite. Farouk descreve como ele viciou os astronautas no entendimento sobre o valor de realizar observações cuidadosas do solo lunar. Ele começou por treinar Ken Mattingl, o CMP para a então futura missão Apollo 13, em como reconhecer feições necessárias para determinar com precisão o local do pouso na Lua. Ken acabou ficano fascinado com a geologia e chegou a dar nome a determinadas feições observadas, como a cratera Cone, que os ajudou a se lembrarem e que foi também o começo do uso de nomes informais dados a feições da Lua pelos astronautas. Mattingly mais tarde disse a Farouk. As lições que você nos deu sobre como observar além de olhar, ainda estão comigo e se provam úteis a qualquer momento em que tenho que analisar uma quantidade de dados aparentemente desorganizados. Você nos deu o background que nos permitiu apreciar a complexidade do problema geológico extraterrestre.
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