A natureza do gigantesco anel de gás que circunda o grupo de galáxias de Leão foi decifrada a medida que lembra a violenta colisão galáctica que aconteceu ali a mais de um bilhão de anos atrás.
O anel de Leão é feito de gás frio e se expande por um diâmetro de aproximadamente 650000 anos-luz. Sua origem tem instigado os astrônomos desde a sua descoberta nos anos de 1980, mas a detecção de metais presentes no gás no ano passado levou os astrônomos a acreditar que o anel era composto do gás primordial. De acordo com a teoria, o acréscimo de gás frio primordial tem um papel fundamental nos estágios iniciais de formação das galáxias, mas essa etapa é caracterizada pelo fato de nunca ter ocorrido uma separação entre galáxias antes, e assim não possui as condições necessárias para formar estrelas.
Agora graças as observações feitas com o Telescópio Franco Canadense do Havaí, os astrônomos detectaram pela primeira vez uma assinatura óptica dentro da densa parte do anel. Correspondendo a regiões que contém estrelas jovens massivas, essas observações jogam por terra a teoria sobre o gás primordial.
Combinando as observações com simulações em computadores, os cientistas chegaram a conclusão que o anel é na verdade uma relíquia de uma dramática colisão ocorrida entre duas galáxias a apenas um bilhão de anos atrás. Os dois personagens dessa colisão foram identificados como sendo a NGC 3384, atualmente localizada no centro do Grupo de Leão e a galáxia espiral M96 situada na porção marginal do grupo.
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