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A Nova Descoberta da Missão NEOWISE da NASA

Os seis pontos vermelhos mostrados na imagem composta acima, indicam a localização do primeiro novo asteroide próximo da Terra, observado pela missão Near-Earth Object Wide-field Infrared Survey Explorer (NEOWISE) desde que a sonda voltou de sua hibernação em Dezembro de 2013. O asteroide, chamado de 2013 YP139, é o primeiro de centenas de rochas espaciais que espera-se sejam descobertas durante a missão renovada. O detalhe da imagem acima, mostra uma visão detalhada de uma das detecções do 2013 YP139.
Os seis pontos vermelhos mostrados na imagem composta acima, indicam a localização do primeiro novo asteroide próximo da Terra, observado pela missão Near-Earth Object Wide-field Infrared Survey Explorer (NEOWISE) desde que a sonda voltou de sua hibernação em Dezembro de 2013. O asteroide, chamado de 2013 YP139, é o primeiro de centenas de rochas espaciais que espera-se sejam descobertas durante a missão renovada. O detalhe da imagem acima, mostra uma visão detalhada de uma das detecções do 2013 YP139.

observatory_15038O 2013 YP139 foi descoberto pela missão NEOWISE em 29 de Dezembro de 2013. O sofisticado software da missão registrou o objeto se movendo contra um fundo de estrelas estacionárias.

Objetos próximos da Terra são asteroides e cometas com órbitas que chegam perto da trajetória da Terra ao redor do Sol. O 2013 YP139, está atualmente a 43 milhões de quilômetros da Terra. Com base no brilho infravermelho, os cientistas estimam que ele tenha aproximadamente 650 metros de diâmetro e é extremamente escuro. Pelo fato do telescópio do NEOWISE ser infravermelho, ele é sensível ao calor proveniente dos asteroides. O 2013 YP139 é um pedaço escuro de carvão, e brilha intensamente nos comprimentos infravermelhos. O comprimento de onda mais curto do infravermelho, ou seja, 3.4 mícron é colorido de azul, na imagem acima, e os comprimentos mais longos do infravermelho, ou seja, o de 4.6 mícron é colorido de vermelho. O asteroide aparece como uma corrente de pontos vermelhos, pois ele é mais frio do que as demais estrelas. As estrelas estão a temperaturas de milhares de graus infravermelho do NEOWISE ser sensível ao calor, mas o asteroide tem uma temperatura semelhante à de uma sala, assim ele é vermelho nessas imagens.

Enquanto o asteroide 2013 YP139, orbita o Sol numa trajetória elíptica, perto do plano do nosso Sistema Solar e é classificado como um asteroide de ameaça potencial, ele pouco provavelmente se aproximará das vizinhanças da Terra nos próximos 100 anos. Contudo, o movimento futuro do asteroid, poode trazê-lo a uma distância de 490000 quilômetros da órbita da Terra, assim, seu movimento de longo prazo será monitorado de perto.

A imagem acima tem cerca de 1.5 graus de diâmetro. O asteroide 2013 YP139 passou pelo céu, cruzando cerca de 3.2 graus por dia, quando essas imagens foram feitas. Só para se ter uma comparação, a Lua cheia tem cerca de 0.5 graus de diâmetro aparente.

A NEOWISE, originada como uma missão denominada de WISE, que foi colocada em hibernação em 2011, uma vez que havia completado o objetivo original de sua missão que era pesquisar o céu como um todo na luz infravermelha. O WISE catalogou três quartos de bilhão de objetos, incluindo asteroides, estrelas e galáxias. Em Agosto de 2013, a NASA decidiu recolocar a sonda em atividade numa missão com o objetivo de caracterizar e encontrar mais asteroides.

O JPL gerencia a missão NEOWISE para o Science Mission Directorate da NASA na sede da agência em Washington, D.C. O laboratório Space Dynamics Laboratory em Logan, Utah, construiu o instrumento científico da missão. As operações de ciências e o processamento de dados ocorre no Infrared Processing and Analysis Center no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. O Caltech gerencia o JPL para a NASA.

Mais informações, podem ser encontradas em: http://www.nasa.gov/wisehttp://wise.astro.ucla.edu e http://www.jpl.nasa.gov/wise.

Fonte:

http://sservi.nasa.gov/articles/neowises-new-find/


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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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