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A Grande Mancha Vermelha de Júpiter E Seus Segredos – Space Today TV Ep.1518

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Uma das feições mais espetaculares do nosso Sistema Solar, é a Grande Mancha Vermelha, a tempestade secular que existe em Júpiter.

As observações feitas ao longo do tempo mostram que a mancha vem diminuindo de tamanho e alguns estudos sugerem que ela irá desaparecer em 20 anos.

Até agora o nosso entendimento da morfologia da Grande Mancha Vermelha veio principalmente de imagens e dados obtidos pela sondas Voyager no final da década de 1970.

Posteriormente com estudos feitos pela sonda Galileo na década de 1990 e também com as observações feitas com o Telescópio Espacial Hubble.

Mas desde Julho de 2016, temos uma ferramenta que pode nos ajudar a entender ainda mais sobre a Grande Mancha Vermelha.

Estou falando da JunoCam, o imaginador que viaja a bordo da sonda Juno e que orbita o Gigante Gasoso desde 2016.

Em um dos seus sobrevoos por Júpiter, a sonda Juno passou bem em cima da Grande Mancha Vermelha.

Com isso, um grupo de pesquisadores, usou os dados e as imagens detalhadas da JunoCam para poder fazer uma análise morfológica completa da Grande Mancha Vermelha e revelar todos os seus segredos.

A Grande Mancha Vermelha, aos olhos da JunoCam, se mostrou uma estrutura muito mais complexa do que qualquer um pudesse imaginar.

Fora identificadas 5 morfologias particulares da Grande Mancha Vermelha.

Aglomerados compactos de nuvens, alguns grupos de nuvens compactas que lembram as nuvens do tipo altocumulus identificadas na Terra, sugerindo que são condensações de amônia.

Ondas de Mesoescala, trens de pacotes de ondas de interferência, indicando condições estáveis nessa região.

Vórtices em Espiral, um vórtice com aproximadamente 500 km de raio sugerindo uma região de intenção vento cisalhante horizontal.

Núcleo Turbulento Central, o núcleo vermelho da Grande Mancha vermelha que se espalha por cerca de 5200 km, aproximadamente 40% do diâmetro da Terra e com 3150 km de largura.

Grandes Filamentos Escuros Finos, filamentos ondulados cinzas com comprimento entre 2000 e 7000 km que circulam a alta velocidade na parte externa do vórtice, eles podem ser formados por aerossóis mais escuros, ou representar áreas com diferentes altitudes.

A equipe mediu o campo de vento geral da Grande Mancha Vermelha demonstrando que apesar da mancha estar diminuindo de tamanho de forma dramática, o campo de vento mudou pouco nos últimos 40 anos.

Os pesquisadores, ainda alertam para o fato de que as morfologias que eles estão observando provavelmente representa só o que acontece no topo do sistema, as circulações mais profundas podem ser mais complexas.

A Juno continua na órbita de Júpiter, e muitos outros segredos sobre a Mancha Vermelha e sobre o próprio Gigante Gasoso ela poderá nos revelar.

Vamos aguardar.

Fonte:

https://aasnova.org/2018/09/26/junocam-captures-dynamics-of-jupiters-great-red-spot/

Artigo:

http://iopscience.iop.org/article/10.3847/1538-3881/aada81/pdf

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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