Esta nova imagem, obtida pelo Embaixador Fotográfico do ESO Gianluca Lombardi, mostra uma imensidão de cores, desde uma bruma rosa que domina o fundo da imagem até aos azuis e brancos da Via Láctea no céu. Em primeiro plano podemos ver os Telescópios Principais do Very Large Telescope (VLT), instalado no Observatório do Paranal do ESO no Chile.
Cortando a imagem vemos uma linha amarela, que corresponde à estrela guia laser do VLT, parte do sistema de óptica adaptativa do telescópio que serve para compensar os efeitos da turbulência atmosférica nas imagens. A radiação vinda do espaço é distorcida quando passa pela atmosfera devido a variações locais. Sempre que possível, os astrónomos usam uma estrela brilhante para calibrar as observações, mas quando não existe uma tal estrela suficientemente perto do objeto em estudo, usa-se uma estrela artificial – criada apontando um laser brilhante e penetrante para a noite, como podemos ver na imagem.
Hoje realmente parece ser o dia da óptica adaptativa, no post anterior vimos o sistema em ação no Observatório de Mauna Kea e nesse post o mesmo sistema no VLT. Só assim os maiores telescópios do mundo conseguem fazer uma astronomia de alto nível e de alta resolução, mesmo estando na superfície da Terra e brigando constantemente com a atmosfera do nosso planeta. Se você não viu o post anterior, não perca a oportunidade, ele pode ser lido aqui: https://spacetoday.com.br/imagens/quatro-lasers-atirados-sobre-mauna-kea/
Fonte:
http://www.eso.org/public/brazil/images/potw1425a/