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A força de um vulcão é realmente algo impressionante.
Em janeiro de 2020, o vulcão submerso Tonga entrou em erupção, essa foi a maior erupção de um vulcão submerso da história, enviou para a atmosfera da Terra 146 teragramas de água.
Erupções dessa grandeza embora causem um problema terrível elas dão aos cientistas uma grande oportunidade de estudos, dos mais variados possíveis.
E como missões espaciais, que acabam e não terminam pois seus dados continuam sendo analisados por muitos anos, no caso de uma erupção vulcânica desse porte acontece a mesma coisa, os dados continuarão sendo estudados por muito tempo.
Num desses estudos, recentes, os pesquisadores descobriram que a erupção do vulcão Hunga Tonga produziu uma bolha de plasma na ionosfera da Terra, e a consequência dessa bolha de plasma é que ela chegou a afetar satélites interrompendo a comunicação em todo o mundo.
Os pesquisadores usaram satélites para detectar o crescimento das chamadas bolhas de plasma equatorial, ou EPBs.
Essas bolhas de plasma se formam quando o plasma, campos elétricos e ventos neutros se movem através da ionosfera, essencialmente são gradientes de densidades localizados no plasma.
E as ondas atmosféricas perturbam essas bolhas, no caso, as erupções vulcânicas funcionam como um gatilho ou como um martelo vulcânico.
Os pesquisadores observaram uma estrutura irregular de maior densidade de elétrons no equador da Terra, após a chegada da onda de pressão da erupção, ou seja, as ondas cuasadas pela erupção perturbaram a atmosfera gerando as bolhas.
Uma coisa interessantes que eles notaram é que essas perturbações na ionosfera ocorreram minutos ou até mesmo horas antes da chegada da onda de choque da erupção, por conta disso, os modelos que tratam do acoplamento atmosfera com a geoesfera precisa ser revisado.
Os pesquisadores observaram que a EPB atingiu o espaço além da ionosfera, ou seja, sugerindo uma relação entre a ionosfera e a cosmofera.
Os eventos extremos causam verdadeiros buracos na atmosfera da Terra, e isso pode ser muito perigoso, imagine o cenário de uma grande erupção vulcânica com uma grande explosão solar, tudo isso agora precisa ser levando em consideração nos modelos de quem planeja os problemas com o clima espacial.
No mundo atual em que vivemos dependentes da comunicação e principalmente do sistema de GPS, esse tipo de precaução é importante.
Uma perturbação grande assim na ionosfera pode danificar de forma decisiva o sistema de GPS da Terra e isso pode causar um verdadeiro caos no planeta.
O que precisa ser feito então, estudar essas relações, melhorar os modelos de relação e acoplamento entre as estruturas e camadas da Terra, entender como eventos extremos podem afetar tudo isso e assim montar um sistema que possa alertar e tomar as decisões necessárias, manobrar satélites entre outras coisas.
FONTES:
https://www.nature.com/articles/s41598-023-33603-3
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