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Em 1984, Antártica, um grupo de pesquisadores descobriu um meteorito.
Seu nome Allan Hills 84001, ou ALH 84001.
As análises preliminares mostraram que esse era um meteorito marciano, mas não era só isso, ele era um dos mais mais antigos pedaços do planeta Marte a atingir a Terra.
Quando o meteorito foi submetido a análises em laboratório, foi possível descobrir que ele tinha moléculas orgânicas.
Nós sabemos que a simples presença de moléculas orgânicas não significa que encontramos a vida, mas sim pode estar ligado a vida.
Por muitos anos, os cientistas debateram a origem das moléculas orgânicas no meteorito ALH 84001, levantando as possibilidades de um processo abiótico, relacionado à atividade vulcânica em MArte ou processo hidrológicos, mas também levantando a possibilidade de ser resquícios de uma antiga forma de vida em Marte, ou até mesmo uma contaminação quando caiu na Terra.
O tempo passou e com ele, as ferramentas de análises, evoluíram e muito, e agora foi possível fazer um estudo muito detalhado do meteorito ALH 84001.
Os pesquisadores publicaram na revista Science os resultados dos seus estudos.
Para isso eles usaram técnicas modernas de preparação da rocha e de análise incluindo o imageamento em nanoescala, análises isotópicas e espectroscopia.
Com isso eles conseguiram contar a história do ALH 84001.
Tudo indica que a rocha lá em Marte passou por dois processos, um deles chamado de serpentinização, ou seja, quando rochas ígneas ricas em ferro ou magnésio interagem quimicamente com a água que está circulando, mudando assim a sua mineralogia e produzindo hidrogênio no processo.
E o outro processo foi o de carbonização, que envolve a interação entre as rochas e a água levemente ácida contendo dióxido de carbono dissolvido resultando na formação de minerais de carbonatos.
Os pesquisadores conseguiram concluir que as itnerações entre a água e a rocha não ocrreu por um período prolongado, e as reações foram as responsáveis por produzir material orgânico a partir da redução do dióxido de carbono.
A síntese abiótica de moléculas orgânicas já foi mostrada também por amostras obtidas pelo rover Curiosity da NASA e os processos já tinham sido detectados em outros meteoritos marcianos também.
A diferença aqui foi encontrar esses processos acontecendo em uma amostra tão antiga como o meteorito ALH 84001.
Embora não tenha vida no meteorito esses processos abióticos são muito importantes, pois podem criar verdadeiros reservatórios de compostos orgânicos onde a vida pode se desenvolver.
Além disso, isso pode ter acontecido na Terra.
E isso faz com que essa questão de procurar vida, vai muito além de responder a pergunta se estamos ou não sozinhos no universo, isso vai de encontro com a nossa necessidade de entender como a vida surgiu, de onde ela veio.
Essas condições e esses processos podem existir em outros locais no Sistema Solar como Encélado, Europa e outros mundos, então, mesmo que não tenha vida, o entendimentos dos processos é muito importante.
Fonte:
#MARS #LIFEONMARS #ALH84001