Astrônomos usando o Australia Telescope Compact Array, ou ATCA, detectaram jatos de plasma vindo de um buraco negro supermassivo na galáxia central do aglomerado Phoenix, que é um grande grupo de galáxias, localizado a 5.9 bilhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Phoenix.
Os aglomerados de galáxias contêm milhares de galáxias de todas as idades, formas e tamanhos. Normalmente eles têm massa de cerca de trilhões de vezes a massa do Sol e se formam no decorrer de bilhões de anos, à medida que agrupamentos menores de galáxias lentamente se juntam.
Em um determinado ponto do tempo eles foram considerados como sendo as maiores estruturas do universo, até que na década de 1980, eles foram superados pelos super aglomerados de galáxias, que normalmente são formados por dezenas de aglomerados de galáxias e grupos que se espalham no universo por centenas de milhões de anos-luz.
Mas nesse título aí, tem uma coisa, os super aglomerados não são unidos pela gravidade, então, os aglomerados de galáxias continuam com o título das maiores estruturas do universo unidas pela gravidade.
O espaço entre as galáxias não é inteiramente vazio. Existe ali um gás diluído, que pode ser detectado por meio de emissões de raios-X.
Se esse gás dentro do aglomerado esfria, ele condensa sob sua própria gravidade para formar estrelas no centro do aglomerado.
Contudo, o gás resfriado e as estrelas não são normalmente observados no coração de aglomerados próximos, indicando que algum mecanismo ali mantém o gás quente e evita a formação de estrelas.
Um candidato potencial para ser a fonte de aquecimento são os jatos de alta velocidade de gás, acelerados pelo buraco negro supermassivo localizado na galáxia central do aglomerado.
O aglomerado de Phoenix é incomum, pois ele mostra sinais de gás denso e frio e de uma massiva atividade de formação de estrelas na galáxia central. Isso então levanta a seguinte questão, será que o buraco negro da galáxia central tem jatos?
Os astrônomos então resolveram usar o ATCA para buscar por jatos no buraco negro da galáxia central do aglomerado Phoenix. Eles detectaram estruturas difusas bipolares em forma de barra, se estendendo desde o centro da galáxia.
Essas estruturas correspondem a cavidades de gás menos denso, indicando que eles são um par de jatos bipolares emitidos pelo buraco negro da galáxia central.
O que esses astrônomos descobriram então, foi o seguinte, o primeiro exemplo, onde você encontra gás frio coexistindo com jatos emitidos por um buraco negro no universo distante. Isso pode representar algumas mudanças nas ideias como as galáxias evoluem no universo.
Fonte:
[http://www.sci-news.com/astronomy/black-hole-jets-central-galaxy-phoenix-cluster-08801.html]