Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble mostra a galáxia Messier 86. Apesar de ter sido descoberta a mais de 235 anos atrás pelo astrônomos Charles Messier, a classificação morfológica da Messier 86 permanece não muito clara, os astrônomos ainda debatem se ela é uma galáxia elíptica ou uma galáxia lenticular, uma galáxia lenticular é uma classificação que existe entre as galáxias espirais e as elípticas.
A Messier 86 é parte do chamado Aglomerado de Virgem de galáxias e está localizada a aproximadamente 50 milhões de anos-luz de distância da Terra. A galáxia está se movendo pelo espaço de forma especialmente rápida, sua trajetória atual está trazendo a galáxia na nossa direção, fazendo com que ela esteja voltando para o centro do aglomerado a uma incrível velocidade ede 875 mil quilômetros por hora. Devido a essa velocidade, com a qual ela se movimenta pelo aglomerado, a Messier 86 está passando por um processo conhecido como Ram-Pressure Stripping, traduzindo de forma livre, remoção de pressão de aríete. Nesse processo o material resistivo que preenche as lacunas entre as galáxias individuais do aglomerado está puxando o gás e a poeira da Messier 86 e eliminando, à medida que a galáxia se move, criando uma longa cauda de gás quente que está emitindo raios-X.
Os astrônomos estão usando as observações feitas com o Hubble, como essa, para estudar as galáxias elípticas e lenticulares, ambos os tipos que são encontrados no centro dos aglomerados de galáxias. Estudando o núcleo dessas galáxias, os astrônomos esperam determinar detalhes da estrutura central e com isso analisar tanto a história da galáxia, como da formação do seu núcleo.
Crédito:
ESA/Hubble & NASA, P. Cote et al.
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