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O primeiro registro de um brilho na Lua, de um flash, aconteceu no em 18 de Junho de 1178, e foi registrado em Canterbury, com a Lua bem jovem, logo depois do pôr-do-Sol.
Depois disso, muitos fenômenos parecidos foram registrados no nosso satélite, existe, atualmente dois catálogos de registros dos fenômenos, sendo que um deles aponta para 2254 eventos registrados desde o século sexto.
E no mínimo um terço dos fenômenos foram detectados na região do Platô de Aristachus.
Em 1960 a NASA criou o projeto Moon Blink para começar um registro sistemático dos eventos.
E no ano de 1968, o astrônomos Patrick Moore cunhou o termo Fenômeno Transiente Lunar, ou TLP, para esse tipo de evento que ocorria no nosso satélite.
Durante os anos 1990 e início dos anos 2000, sondas da missão Clementime e um novo projeto chamado Lunascam também registrou vários TLPs na Lua.
Como eu falo, a astronomia é totalmente dependente da evolução tecnológica, e com novos instrumentos e principalmente com câmeras mais sensíveis, o registro dos TLPs ficou algo mais corriqueiro.
Quem aqui não se lembra do TLP registrado durante o eclipse total da Lua em 20/21 de Janeiro de 2019, não é mesmo?
Mas agora, com a maior facilidade para registrar esses fenômenos, os astrônomos querem mais, eles querem entender de forma definitiva o que gera os TLPs.
Ou seja, por que a Lua pisca para nós?
Para entender isso, um grupo de pesquisadores resolveu instalar um telescópio dedicado exclusivamente para observar a Lua.
O telescópio possui duas câmeras, e o fenômeno só será considerado se as duas câmeras registrarem o flash da Lua.
O telescópio é alemão, mas está instalado na área rural de Sevilla na Espanha, pois o céu da Espanha é bem melhor que o da Alemanha.
O telescópio será operado de forma remota desde a Alemanha.
O sistema completo ainda não está pronto, pois o software que fará as detecções precisa ser refinado.
O software terá um papel crucial, pois através de uma inteligência artificial ele irá separar o que são fenômenos mundanos que acontecem na frente da Lua, como passagem de satélites, entre outros dos verdadeiros TLPs.
É mais ou menos o que acontece com a detecção de NEOs.
Quando o sistema estiver pronto, a ideia dos pesquisadores é tentar descobrir porque a Lua pisca.
Entre as causas podemos citar:
O choque de asteroides, meteoroides com a superfície lunar que geram os brilhos detectados.
Outra causa é o choque de partículas carregadas do Sol com determinadas regiões da Lua.
E, além disso, é possível que sismos lunares, ao deslocar parte do solo, faz com que gases sejam liberados causando os flashes.
Qual a característica de cada um, com que frequência ocorrem e onde, tudo isso deve ser respondido com esse novo trabalho.
Atualmente cresceu muito interesse para entender os TLPs, já que a partir de 2024 estaremos de volta a Lua, e dessa vez para ficar, e para ficar precisamos saber exatamente, como e porque esse fenômeno acontece.
#TLP #Lua
Fontes:
https://phys.org/news/2019-05-moon.html
https://www.uni-wuerzburg.de/en/news-and-events/news/detail/news/flashes-on-the-moon/