O US Army Signal Corps fez a primeira tentativa de “tocar” outro corpo celeste quando em 10 de Janeiro de 1946, emitiu sinais de rádio que viajaram até a Lua, refletiram no nosso satélite e foram recebidos de volta na Terra.
Chamado de Projeto Diana, em homenagem a deusa romana da Lua, o esforço levou ao que conhecemos hoje como comunicação EME, Earth-Moon-Earth usada por rádio amadores.
O Projeto Diana é tido como sendo o nascimento do programa espacial norte-americano, bem como da rádio astronomia. O projeto foi a primeira demonstração de que sinais criados artificialmente poderiam penetrar a ionosfera, abrindo a possibilidade da comunicação de rádio além da Terra para sondas espaciais e para os próprios astronautas.
O Projeto Diana também estabeleceu uma prática comum, a de dar nome de divindades romanas para projetos espaciais como Mercury e o Apollo, que vieram depois.
O primeiro eco do Projeto Diana foi detectado com sucesso por John H. De Witt e seu cientista chefe, E. King Stodola no laboratório em Camp Evans, em Wall Township, Nova Jersey.
Um grande transmissor e receptor, e um conjunto de antenas foram construídos no laboratório para o projeto. O transmissor foi uma versão bem modificada do conjunto de radar utilizado na segunda guerra mundial, II SCR-271, fornecendo 3000 watts em 111.5 MHz em pulsos de um quarto de segundo, enquanto que o conjunto de dipolo da antena fornecia 24 dB de ganho.
Os sinais refletidos foram recebidos 2.5 segundos depois, com o receptor compensando para a modulação Doppler do sinal refletido.
As tentativas eram feitas somente enquanto a Lua passava por uma região de 15 graus no nascer e no pôr da Lua, já que o ângulo de elevação da antena era horizontal. Cerca de 40 minutos de observação eram disponíveis em cada passagem enquanto a Lua transitava pelos vários lobos do padrão da antena.
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