Netuno, o oitavo e mais distante planeta a partir do Sol, foi visitado pela primeira e última vez, pela sonda Voyager 2 da NASA em 1989. Desde então, o Telescópio Espacial Hubble, tem tentado entender a miríade de mistérios que cercam esse majestoso planeta frio, incluindo, decifrar por que esse planeta possui os ventos mais rápidos do Sistema Solar, e o que existe no seu núcleo.
Essas novas imagens do Hubble revelam um desses mistérios, a famosa mancha escura, ou vórtice escuro da atmosfera de Netuno. Esse raro vórtice é um sistema atmosférico de alta pressão normalmente acompanhado por nuvens mais brilhantes. Essa mancha escura em particular é denominada de SDS-2015 (Southern Dark Spot descoberta em 2015), e é somente a quinta já observada em Netuno. Embora ela pareça menor do que as manchas escuras previamente observadas, observações da SDS-2015 feitas de 2015 a 2017 revelaram que a mancha já foi grande o suficiente para englobar toda a China, e desde então, vem rapidamente diminuindo de tamanho.
Cada uma das 5 manchas escuras de Netuno curiosamente são diferentes, mas todas apareceram e desapareceram dentro de poucos anos, o que é oposto à Grande Mancha Vermelha de Júpiter, que está ali no planeta a séculos. Nuvens brilhantes se formam ao longo das manchas escuras, quando o fluxo do ar ambiente é perturbado e tem um movimento ascendente sobre a mancha, fazendo com que os gases congelem em cristais de gelo de metano.
Só o Hubble possui o poder suficiente, atualmente para fazer imagens das manchas escuras de Netuno, e produzir imagens espetaculares como essas, essas visões feitas no decorrer de 2 anos, utilizaram a Wide Field Camera 3 do Hubble, ou a WFC3.
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