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22 de novembro de 2024

Uma Foto do Telescópio Espacial James Webb a -223.2ºC

A foto acima foi feita de dentro da chamada Chamber A no Johnson Space Center, em Houston, em Setembro de 2017, enquanto que a óptica combinada com os instrumentos científicos do Telescópio Espacial James Webb, estavam passando pelo teste criogênico, a temperatura no momento dessa imagem era de 50 Kelvin, ou seja, -223.2 graus Celsius. A câmera que registrou essa imagem foi colocada dentro da câmara para medir o alinhamento do telescópio, mas os engenheiros também usaram para monitorar o comportamento da cobertura do espelho primário do James Webb, feita de um material preto da DuPont, Kapton. Os engenheiros usaram essa e outras imagens para acessar o quanto o material encolheu, à medida que o telescópio era vagarosamente resfriado até temperaturas criogênicas.

Uma vez que o James Webb esteja todo aberto e na sua órbita no ponto de Lagrange, L2, essa cobertura ajudará a bloquear luz indesejada no espelho primário e que possa interferir nas observações. Existem cinco pontos de Lagrange, locais onde a gravidade do Sol e da Terra estão em equilíbrio. Colocar uma nave em qualquer um desses pontos permite que possamos mantê-la fixa numa determinada posição com relação a Terra e o Sol, e onde se usa uma mínima quantidade de energia para realizar correções.

Na foto é possível ver cada um dos 18 segmentos hexagonais do espelho primário do James Webb, embora os mais distantes estejam já na escuridão da câmara. Os elementos brilhantes vistos nessa imagem, são as “estrelas”, que foram usadas como alvos para se poder medir os movimentos do telescópio num ambiente tão frio. Esses pontos aparecem assim tão brilhantes, pois essa foto foi feita com um grande tempo de exposição.

Os elementos ópticos combinados com os instrumentos do James Webb terminaram o teste criogênico dentro da Chamber A, em Novembro de 2017.

Crédito da Imagem: NASA/Chris Gunn

Fonte:

https://www.nasa.gov/image-feature/observations-from-3697-degrees-fahrenheit

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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