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23 de novembro de 2024

No Caso das Galáxias o Tamanho Pode Enganar

Quando falamos de galáxias, o tamanho pode nos levar a conclusões um pouco equivocadas. Algumas das maiores galáxias do universo, estão dormentes, enquanto que algumas galáxias anãs, como a ESO 553-46, mostrada acima numa bela imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, podem produzir estrelas numa taxa muito elevada. De fato, a ESO 553-46 tem uma das maiores taxas de formação de estrelas das 1000 galáxias mais próximas da Via Láctea.

A galáxia apresenta aglomerados de estrelas quente e jovens que banham a galáxia, e estão queimando com forte brilho azulado. A intensa radiação que essas estrelas produzem podem fazer com que o gás ao redor literalmente acenda e é esse gás que aparece vermelho na imagem do Hubble. A pequena massa, e a coloração distinta das galáxias desse tipo, faz com que os astrônomos prontamente as classifiquem como Anãs Azuis Compactas, ou do inglês, BCD.

Sem um núcleo claro ou com estruturas presentes nas galáxias maiores como a Via Láctea, as BCDs, como a ESO 553-46 são na verdade compostas de muitos aglomerados de estrelas que ficam unidos pela gravidade. Sua composição química é interessante para os astrônomos, já que elas possuem relativamente pouca poeira e poucos elementos mais pesados que o hélio, que são produzidos em estrelas e distribuídos pelo meio intergaláctico pelas explosões de supernovas. Essas condições são muito similares àquelas que existiam no universo primordial, quando as primeiras galáxias se formaram.

Fonte:

http://www.spacetelescope.org/images/potw1741a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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