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24 de novembro de 2024

TRAPPIST-1 sob os olhos de James Webb

Por Yara Laiz Souza

Com o anúncio da descoberta dos sete exoplanetas no sistema TRAPPIST-1, cientistas já estão otimistas com as possíveis grandes revelações que o telescópio James Webb irá dar sobre eles. Entre as respostas que os cientistas desejam obter está sobre as questões de habitabilidades e demais sinais que indiquem a presença de bioassinaturas.

Os planetas estão a cerca de 40 anos-luz de distância da Terra e James Webb será os olhos dos cientistas nas próximas fases de pesquisas. “Se esses planetas tiverem atmosferas, o Telescópio Espacial James Webb será a chave para desvendar seus segredos”, diz Doug Hudgins, cientista exoplanetário da NASA. “Enquanto isso, missões da NASA como Spitzer, Hubble e Kepler continuarão com suas observações”.

“Estes são os melhores planetas do tamanho da Terra para o Telescópio Espacial James Webb caracterizar”, explica Hanna Wakeford, pós-doutora na Goddard Space Flight Center da NASA. “O Telescópio James Webb irá aumentar a informação que temos sobre esses planetas de forma gigantesca. Assim, poderemos saber mais sobre suas atmosferas principalmente se contém água, metano, monóxido de carbono ou dióxido de carbono além do hidrogênio”.

O telescópio James Webb (Créditos: NASA)

O passo a passo para a caçada de exoplanetas vai muito além do que saber se são grandes ou pequenos, rochosos ou gasosos. Os exoplanetas ainda são um mistério a parte já que a distância em que eles estão dificultam muito as pesquisas por aqui. Por isso que o principal objetivo é tentar detectar a presença de moléculas na atmosfera de um exoplaneta.

Previsto para ser lançado em 2018, o James Webb pretende fazer essa e outras detecções utilizando a espectroscopia. Este método consiste em separar e analisar os mais diversos comprimentos de ondas de luz permitindo identificar os componentes químicos dos exoplanetas. Um dos alvos do telescópio são os biomarcadores químicos como ozônio e metano.

No sistema TRAPPIS-1, há três exoplanetas que chamam atenção: E,F,e G estão na zona habitável ao redor da estrela anã vermelha. Dependendo da composição atmosférica deles, esses três planetas terão grandes chances de abrigar a vida que conhecemos, baseada em carbono. Além disso, há as possibilidades de água líquida na superfície e até mesmo um ciclo de água existir nesses três planetas.

As explorações da NASA sobre exoplanetas não pretende apenas responder se estamos sozinhos ou não no Universo, mas também tem interesse em saber como nosso Universo evoluiu, como as galáxia, estrelas e planetas nasceram.

 

Via site da NASA

https://www.nasa.gov/feature/goddard/2017/probing-seven-worlds-with-nasas-james-webb-space-telescope/

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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