Por Yara Laiz Souza
Kate Rubins, bióloga e astronauta da NASA, passou os últimos quatro meses na realização de um sonhos que começou na infância. Como muitas crianças, ela sonhou em ser cientista e astronauta, mas o que ela viveu a bordo da Estação Espacial da NASA (ISS) foi mais do que isso. Ela se tornou a primeira pessoa a sequenciar pares de base de DNA no espaço além de montar o primeiro microscópio em microgravidade. Todas as suas aventuras foram compiladas em um post feito pela NASA que você confere logo abaixo:
Destiny, o módulo laboratório norte-americano
O Destiny é um laboratório completo montado dentro da ISS. Tem uma carga primária de pesquisas que visam contribuir para a saúde, segurança e qualidade de vida de astronautas e de pessoas comuns. Foi no Destiny que Kate trabalhou durante a sua pesquisa com monitoramento de células cardíacas para tentar entender como a mudança de gravidade acarreta em problemas de coração.
Micróbios, micróbios em todos os lugares
Há pelo menos 10 anos, sabemos que micróbios (em sua grande maioria) são ótimos sobreviventes em condições extremas como fora do Planeta Terra. Por conta disso, Kate trabalhou na investigação Microbe-IV em que procurou entender como as colônias de microrganismos conseguem êxito em condições de microgravidade e ajudar na projeção de novas tecnologias antimicrobianas para viagens de longa duração pelo espaço e para ajudar médicos e hospitais na Terra.
As células cardíacas que batem no espaço
A pesquisa com células cardíacas acarretaram na construção do primeiro microscópio em microgravidade da história. As células levadas foram do tipo células troncos; estas células foram induzidas a se transformarem em células cardíacas possibilitando Kate a observa-las pela primeira vez. Ela descreveu a experiência como ‘bastante surpreendente’.
A interação entre líquidos e sólidos
Patrocinado pelo Centro para o Avanço da Ciência no Espaço (CASIS), Kate realizou uma pesquisa sobre a interação líquido-sólido e o comportamento de fármacos em microgravidade. A pesquisa pode levar a uma releitura da fabricação de remédios mais potentes e eficazes para astronautas e para pessoas comuns.
Capturando o dragão
A nave de carga Dragon, da SpaceX, chegou a ISS cheia de amostras biológicas, equipamentos e suplementos para mais descobertas de Kate. A chegada ocorreu em Julho e contou com a ajuda dela para o sucesso do recebimento.
Ciência fora da nave
Kate ajudou na instalação e teste de plataformas de hardware para o monitoramento de atividades diversas que ocorriam fora do módulo laboratório Destiny.
Observando o comportamento de moléculas
Moléculas em fluídos e gases se comportam de forma diferente dependendo de questões como temperatura, gravidade etc. Kate instalou o Microgravity Science Glovebox (MSG), um instrumento de diagnóstico óptico para detectar as mudanças bruscas nos comportamento dessas moléculas. O efeito Soret também foi observado. Ele acontece em reservatórios subterrâneos de petróleo e entende-lo melhor fará os cientistas entenderem ainda mais a dinâmica do petróleo na Terra.
Sequenciando DNA no espaço
Kate foi a primeira pessoa a sequenciar 1 bilhão de pares de base de DNA usando o sequenciador de biomolécula Minion. O aparelho pode ser uma boa ajuda para locais com falta de assistência médica como a África e ajudar na detecção mais rápida de doenças em astronautas durante as viagens de longa distância.
Expressão gênica no espaço
Um sistema de hardware da NASA está introduzindo a tecnologia de medição de expressão gênica de amostras biológicas enviadas para a ISS. Os resultados são transmitidos de forma muito rápida para a Terra através de dados.
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