Próximo do Observatório ALMA do ESO, um autocarro de turismo levanta uma nuvem de pó à medida que avança no deserto chileno. O autocarro transporta pessoal que se dirige para o Local de Apoio às Operações do ALMA, para iniciar um turno de 8 dias. No fundo da imagem vemos dois vulcões, os seus picos cobertos de neve tapados por nuvens.
Situados na fronteira entre a Bolívia e o Chile, estes vulcões inativos formaram-se em diferentes épocas geológicas, apesar de se encontrarem a pouca distância um do outro – o Licancabur, o vulcão da esquerda, é muito mais jovem que o seu vizinho mais pequeno, o Juriques.
O Licancabur é famoso pela sua forma quase simétrica e por acolher um dos lagos do planeta situados a maior altitude. A uma altitude de 5916 metros, o lago na caldeira do Licancabur alberga uma variedade de flora e fauna raras e tem sido extensamente estudado no intuito de se compreender como é que a vida se desenvolve nestes ambientes extremos. A região do Licancabur é das que mais se assemelham ao ambiente marciano e por isso, ao estudar a vida aqui presente, poderemos compreender melhor como é que a vida poderá florescer noutros planetas.
Esta imagem foi obtida por Armin Silber do ESO.
Fonte:
http://www.eso.org/public/brazil/images/potw1430a/