As estrelas não estão sozinhas. No disco de nossa galáxia, a Via Láctea, cerca de 10 por cento da matéria visível está na forma de gases, chamados de meio interestelar (interstellar medium ou ISM, em inglês). O ISM não é uniforme, e apresenta remendos até mesmo perto do nosso Sol. Pode ser bastante difícil detectar o ISM local, porque ele bastante tênue e emite muito pouca luz. Entretanto, por ser composto basicamente de gás hidrogênio, ele absorve algumas cores bastante específicas que podem ser detectadas à luz das estrelas mais próximas. Um mapa de operação do ISM local, no espaço de 20 anos-luz, baseado em observações em curso e recentes detecções de partículas do Satélite Explorador da Fronteira Interestelar (IBEX, na sigla em inglês) em órbita é mostrado acima. Estas observações mostram que o nosso Sol está se movendo através de uma Nuvem Interestelar Local à medida que esta nuvem desliza para fora da região formadora de estrelas, a Associação Escorpião-Centauro. Nosso Sol deve sair da Nuvem Local, também chamada de Penugem Local, durante os próximos 10.000 anos. Muito ainda permanece desconhecido a respeito do ISM local, incluindo detalhes de sua distribuição, sua origem, e como ele afeta o Sol e a Terra. Inesperadamente, medições recentes da sonda IBEX indicam que a direção de onde partículas interestelares neutras fluem pelo nosso Sistema Solar está mudando.
Fonte:
http://apod.astronomos.com.br/apod.php?lk=ap130924.html