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24 de novembro de 2024

Direto do Observatório Lunar Vaz Tolentino: A Cratera Archimedes

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observatory_150105Cratera ARCHIMEDES.

(créditos: Tolentino)

Cratera ARCHIMEDES:

Diâmetro: 83 Km (52 milhas);

Coordenadas Selenográficas: LAT: 29° 42? 00? N, LON: 04° 00? 00? W;

Período Geológico lunar: Ímbrico (de 3,8 bilhões até 3,2 bilhões de anos atrás).

Foto nos mapas LAC 25 e LAC 41.

Melhor época para observação: Na fase “quarto crescente” ou 6 dias após à fase “Lua cheia”.

Quem foi Archimedes ?

Físico, matemático e inventor grego (287 – 212 aC). Descobriu um dos métodos para calcular o valor de PI (razão entre o perímetro de uma circunferência e seu diâmetro) utilizando séries. Contribuiu para a hidrostática com o famoso princípio de Archimedes (“Todo corpo mergulhado num fluido em repouso sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo.”‘). Descobriu ainda o princípio da alavanca, sendo atribuído a ele a conhecida frase: “Dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”.

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Archimedes é uma grande e proeminente cratera de impacto localizada na margem leste do Mare Imbrium.

A região entre Archimedes e Autolycus foi o local onde a sonda lunar da antiga União Soviética “Luna 2” colidiu com a superfície da Lua, em 13 de setembro de 1959. A sonda Luna 2, cujos equipamentos pesavam cerca de 390 kg, foi o primeiro objeto construído pelo homem a alcançar a superfície lunar.

Archimedes é a maior cratera existente no Mare imbrium. Um promontorium (saliência ou cabo formado por rochas elevadas ou escarpadas) com forma triangular se estende por 30 Km a partir do sudeste da borda da cratera. O fundo da cratera que foi coberto por lava proveniente do Mare Imbrium, tendo produzido um aspecto plano e liso na sua superfície, além de reduzir sua profundidade para 2,1 Km. Suas paredes são estruturadas em forma de curvas de nível ou degraus (terraced) e se elevam por cerca de 1,6 Km por sobre o piso liso.

A nordeste de Archimedes encontra-se a cratera de impacto Aristillus (diâmetro: 56 Km, Lat: 33.9º N  Lon: 1.2º E), com suas paredes internas que desabaram e formaram degraus (walls in terraces) ou curvas de nível, piso interno plano, 3.6 Km de profundidade e 3 belas montanhas centrais com 900m de altura. As bordas externas que circundam a cratera formam uma espécie de “fortificação” com paredes escarpadas e inclinadas, criadas pelos escombros do impacto.

A leste de Archimedes existe a cratera Autolycus (diâmetro: 39 Km, Lat: 30.7º N  Lon: 1.5º E). É uma cratera predominantemente circular, de piso irregular, sem a presença de pico central e 3.4 Km de profundidade. Forma um destacado triangulo com Archimedes e Aristillus. Na sua borda leste, está presente a minúscula cratera Autolycus A (diâmetro: 4 Km).

Ao norte de Archimedes e a leste do Mare Imbrium encontra-se uma cadeia de montanhas solitárias conhecidas como Montes Spitzbergen (extensão: 60 Km, Lat: 35.0º N  Lon: 5.0º W). Sua extensão de 60 Km assenta-se na direção norte-sul, com uma largura máxima de 25 km. Caracteriza-se como grupamento de montanhas separadas por vales cheios de lava.

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Dados técnicos da foto:

Autor:

Ricardo José Vaz Tolentino.

Data e hora:

29? de ?maio? de ?2012, ??19h52m (22:52 UT).

Foto com apenas 1 frame, sem longa exposição ou “empilhamento”. Não foram usados filtros.

Telescópio:

Refletor Dobsoniano SkyWatcher Collapsible Truss-Tube;

Diâmetro Espelho Primário:

305mm (12”);

Distância Focal:

1500mm;

Focal/Ratio – (f/):

5;

Tripé ou Montagem:

Dobsoniana;

Barlow:

Celestron Ultima 2X Barlow;

Câmera:

Orion StarShoot Solar System Color Imager III;

Não deixem de visitar o site oficial do Observatório Lunar Vaz Tolentino, onde é possível encontrar centenas de imagens da Lua, além de muitas informações sobre astronomia e ciência em geral. Visitem o remodelado site do VTOL: www.vaztolentino.com.br

Fonte:

http://www.vaztolentino.com.br/imagens/6370-Cratera-ARCHIMEDES#photo_description

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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