Normalmente as imagens que temos dos polos da Lua, usam imagens obtidas com iluminação elevada, nos fornecendo assim uma melhor visão das crateras com o mínimo de sombra. A imagem da direita, mostrada acima, no entanto, foi gerada a partir de uma compilação de 45 imagens com condições de iluminação consideravelmente baixa e mostra de forma especial a Cratera Baily. Antes de julgarmos qual a melhor ou a pior imagem das duas apresentadas acima, o melhor a fazer é pensar que essas imagens na verdade são complementares. As sombras na imagem da direita enfatizam que a parte inferior direita do anel é bem reta, embora não seja claro que qualquer bacia maior tem influencíado essa região. Detritos da Bacia Orientale são visíveis na parte mais amesquinha do assoalho, e a imagem da direita mostra estrias menores derivadas da Orientale continuando numa parte mais suave do assoalho da Baily. O mosaico da direita revela uma cadeia curva na esquerda, que Chuck Wood e Bill Hartmann em 1971 propuseram como sendo um segmento de um anel mais interno, fazendo assimda Baily uma cratera de duplo anel, o lado oposto do anel é mais montanhoso e também pode ser observado. Um pouco além desse anel na parte superior direita do assoalho da Baily existe um fino canal, ou uma pequena fratura que é completamente invisível na outra imagem. O Sol está brilhando perpendicular ao canal, gerando uma sombra reveladora, na imagem de baixa ilumnação, e a iluminação está ao longo da tendência do canal na outra imagem de modo que o canal existe ali. Finalmente na imagem como Sol alto pode-se ver um grande deslizamento de terra, na Baily B, a maior cratera localizada dentro da Baily muito provavelmente gerado pelo impacto no anel da Baily A.
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